Miguel Rodrigues foi um dos intervenientes na 17.ª edição da Conferência Anual de Turismo, numa organização da delegação regional da Madeira da Ordem dos Economistas, que decorre ao longo da manhã desta quinta-feira.
Empresário do setor turismo, em 2012 iniciou a atividade no Alojamento Local com dois apartamentos – “um meu e o outro do meu sócio” – e hoje gere “600 espaços de Alojamento local e 18 unidades hoteleiras”.
Miguel Rodrigues não tem qualquer dúvida de que “se hoje tirarmos o turismo das grandes cidades, teremos uma crise muito séria”.Relevou que a “expressão do turismo no PIB é significativa”, atribuindo a crise habitacional também a outros fatores.
“Antigamente, tínhamos de estar nos nossos escritórios a trabalhar e hoje em dia o mercado de trabalho está flexível e podemos trabalhar à distância, e esse é outro fator que cria pressão na habitação”, fundamentou.
Alertou que “o turismo não é só hotelaria, restauração e transportes, é muito mais do que isso”, pelo que “não se pode discutir matar o turismo e sim debater o turismo no seu todo e o impacto que tem nas cidades” associando aos benefícios “a recuperação das cidades”.Pese esta evidente defesa acérrima do setor, reconhece que “continuar a crescer desta forma, não é solução” aconselhando que “todos se sentem à mesma mesa, para encontrar uma forma de conciliar os interesses dos locais e visitantes”.