CPCJ da Ribeira Brava celebra 30 anos ao serviço da proteção infantil

“Proteger as nossas crianças e jovens é um dos maiores deveres que temos enquanto comunidade”, afirmou Ricardo Nascimento, Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, durante a celebração do 30.º aniversário da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Ribeira Brava.

A cerimónia decorreu, esta manhã, na Escola Padre Manuel Álvares, reunindo representantes institucionais, profissionais da rede de proteção e membros da comunidade local. O presidente da autarquia expressou um agradecimento sentido a todos os que, ao longo destas três décadas, se dedicaram a esta causa, destacando o papel fundamental do voluntariado e a importância de um trabalho discreto, mas eficaz. Reforçou a necessidade de dotar a comissão de recursos humanos especializados e de intensificar a cooperação com as escolas, apostando numa prevenção eficaz desde a primeira infância.

Por sua vez, a Secretária Regional de Inclusão, Trabalho e Juventude, Paula Margarido, destacou o pioneirismo da CPCJ da Ribeira Brava, recordando o projeto-piloto de terceira prevenção iniciado em 2010. Sublinhou que, só em 2024, a comissão promoveu 11 ações de sensibilização que envolveram mais de dois mil participantes e acompanhou 105 processos, maioritariamente relacionados com violência doméstica, negligência e comportamentos de risco. Paula Margarido salientou ainda a centralidade do apoio à família como medida de intervenção, afirmando que “nenhuma instituição substitui o lar, por melhor que seja”.

Já Nivalda Gonçalves, Presidente do Instituto de Segurança Social da Madeira e antiga comissária voluntária na CPCJ da Ribeira Brava, salientou a importância do trabalho conjunto entre as comissões da região, o impacto das ações de prevenção desenvolvidas localmente e a necessidade de continuar a investir em soluções de acolhimento familiar.

Alexandra Mendes, ex-presidente da CPCJ da Ribeira Brava, evocou os primórdios da comissão nos anos 90, destacando a evolução técnica e organizacional do trabalho em rede e o crescente reconhecimento social da proteção infantil. Sublinhou o valor da articulação interinstitucional e da intervenção próxima, reforçando que a verdadeira missão da CPCJ “é trabalhar lado a lado com as famílias, promovendo soluções integradas que coloquem o bem-estar da criança no centro”.

A cerimónia dos 30 anos da CPCJ da Ribeira Brava ficou marcada pela mensagem comum e transversal de que proteger é um dever coletivo que exige ação preventiva, compromisso institucional e um envolvimento contínuo da comunidade, sempre com a criança no centro.

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