Ricardo Lume, candidato da CDU à Câmara Municipal do Funchal, criticou a política habitacional do atual executivo, considerando que esta se revelou “uma verdadeira fraude baseada em propaganda enganosa”.
“Criaram programas que se dizem de apoio à habitação, mas que deixam de fora a grande maioria das famílias que precisam. É publicidade enganosa: como nas televendas, anunciam soluções, mas quando se olha de perto percebe-se que não funcionam”, acusou o candidato comunista.
Ricardo Lume apontou que “centenas de agregados familiares enfrentam ações de despejo, mesmo tendo cumprido com os contratos de arrendamento” e lembra que, “há poucos anos, ainda era possível arrendar um T1 ou T2 entre 500 e 700 euros”.
“Hoje, um T1 ultrapassa os 900 euros e um T2 chega facilmente aos 1.500 euros. Com salários baixos, custo de vida em alta e cauções que ultrapassam os 3.000 euros, a habitação condigna tornou-se inacessível para milhares de funchalenses”, constatou.
Perante esta realidade, o candidato da CDU referiu que o executivo da coligação PSD/CDS apresentou o Subsídio Municipal ao Arrendamento, “que apenas apoia famílias com rendas entre 150 euros e 900 euros”.
Na prática, atirou Ricardo Lume, “é como procurar uma agulha num palheiro”: “Quem hoje procura casa no mercado de arrendamento fica, à partida, excluído deste apoio.”
“O PSD e o CDS não querem resolver os problemas de acesso à habitação com os meios da CMF. Limitam-se a fazer propaganda para fingir que estão a agir. Prometem construção de habitação pública, mas apenas para daqui a vários anos”, denunciou Ricardo Lume.
“As pessoas precisam de casa hoje, não daqui a três ou quatro anos. É indispensável um plano municipal de habitação a médio e longo prazo, mas as necessidades atuais têm de ter resposta imediata. A CDU estará sempre ao lado da população nesta luta justa pelo direito a uma habitação condigna”, concluiu o candidato.