RIR critica proposta do Chega para relvado no campo do RG3

O Partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) reagiu esta segunda-feira à proposta apresentada pelo candidato do Chega à Câmara Municipal do Funchal (CMF) para a criação de um relvado natural no Campo do RG3, considerando a ideia “improvisada” e “pouco realista”.

Em comunicado assinado por Liana Reis, o RIR reconhece que a falta de espaços desportivos para as formações é “uma realidade grave” no concelho, mas rejeita “soluções milagrosas” que não enfrentem as causas estruturais do problema.

Segundo o partido, a escassez de infraestruturas não é o único entrave. A má gestão e a utilização abusiva de alguns pavilhões e campos por parte de determinadas entidades desportivas estão, afirma o RIR, a agravar a situação. “Em vez de fomentarem o crescimento equilibrado de todas as modalidades e coletividades, acabam por monopolizar pavilhões e campos, deixando de fora centenas de jovens atletas”, lê-se no comunicado.

O partido denuncia ainda que existem clubes a quem são atribuídos recintos que “em muitas situações, não chegam sequer a utilizá-los”, o que impede outros de acederem a esses espaços. “Estas situações, além de mancharem a imagem do desporto regional, agravam ainda mais a falta de espaços disponíveis”, acusa o RIR.

Como alternativa, o partido defende a requalificação e otimização das infraestruturas já existentes, bem como a criação de parcerias com escolas e instituições locais, de forma a garantir que os espaços públicos sejam “verdadeiramente acessíveis à comunidade”.

Outra prioridade, sustenta, deve ser a introdução de regras claras e transparentes na atribuição de pavilhões e campos:

“É fundamental que as entidades responsáveis pelo desporto assegurem uma gestão séria, justa e equilibrada, garantindo igualdade de oportunidades para todos os clubes e modalidades.”

O RIR conclui que apenas uma gestão “equitativa e inclusiva” permitirá dar resposta à “real necessidade” das crianças e jovens do Funchal, que, defende, “merecem praticar desporto em condições dignas, sem discriminação e sem privilégios para alguns em detrimento de outros”.

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