A candidatura de Marta Sofia à Câmara e Assembleia Municipal do Funchal, pelo partido Livre, apresentou, em comunicado, as suas principais propostas para a transição ecológica do concelho. O objetivo, segundo a candidata, é transformar o Funchal numa cidade mais verde, sustentável e preparada para enfrentar os desafios das alterações climáticas.
A visão apresentada assenta na ideia de “renaturalização” da cidade, através de uma abordagem integrada que coloca a natureza urbana como elemento central para a qualidade de vida dos cidadãos e para a resiliência do território.
“O Funchal tem um potencial enorme para se tornar um exemplo de cidade verde. As nossas propostas vão muito além de plantar árvores. Queremos integrar a natureza na infraestrutura da cidade, criando espaços que melhorem o conforto térmico, a biodiversidade e a saúde dos funchalenses”, sublinhou Marta Sofia. Entre as medidas propostas está a criação de uma rede de espaços verdes conectados, que incentive a mobilidade suave e o lazer. Destacam-se a implementação de microflorestas urbanas pelo método Miyawaki em terrenos municipais e baldios, a criação de corredores verdes e ciclovias sombreadas, bem como o programa “Arrefecer a Cidade”, que prevê a requalificação de praças e largos com arborização e mobiliário urbano adequado.
A candidatura propõe ainda um ordenamento moderno da infraestrutura verde, integrando espaços florestais e urbanos para melhorar a qualidade do ar e reduzir o aquecimento urbano. Outra medida é a criação de um Regulamento de Gestão do Arvoredo, destinado a evitar podas mal executadas e cortes indiscriminados.
No plano costeiro, o LIVRE defende a proibição de construção na Praia Formosa e o reforço da proteção das áreas agrícolas e espaços verdes no Plano Diretor Municipal.
Com enfoque na sustentabilidade, Marta Sofia propõe o programa “Funchal Livre de Plástico”, que incluirá um sistema municipal de copo reutilizável com caução, em parceria com o comércio local.
Outras medidas passam pela melhoria da recolha seletiva de resíduos, com projetos-piloto dedicados aos biorresíduos, bem como pela criação de hortas urbanas e bolsas de terrenos agrícolas municipais, para incentivar a produção local e reduzir a pegada ecológica dos alimentos.
Para além destas propostas, a candidatura compromete-se a desenvolver um Plano Municipal para as Alterações Climáticas, com metas e cronogramas claros, e uma estratégia de adaptação e renaturalização de áreas degradadas, a ser implementada em colaboração com proprietários e comunidades locais.