Médio Oriente: Reino Unido vai receber crianças gravemente doentes da Faixa de Gaza

O Reino Unido vai receber nas “próximas semanas” um grupo de crianças gravemente doentes da Faixa de Gaza para receberem cuidados médicos, disse hoje o Ministério da Saúde britânico.

De acordo com a radiotelevisão pública BBC, estas são as primeiras crianças a serem retiradas no âmbito de uma operação governamental liderada por vários ministérios, anunciada em julho pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Em declarações à agência de notícias France-Presse (AFP), o Ministério da Saúde britânico confirmou a retirada de crianças doentes daquela zona, que deverão chegar ao país “nas próximas semanas” acompanhadas pelos “familiares mais próximos”.

O Ministério da Saúde explicou que este apoio surge quando “a situação humanitária continua a deixar muitas pessoas com necessidades urgentes de cuidados médicos” em Gaza, salientando que a maioria dos hospitais no enclave palestiniano já não está operacional.

O número de crianças abrangidas por esta operação não foi divulgado, mas a BBC estimou “entre 30 e 50 menores”.

Numa entrevista concedida no sábado ao jornal The Mirror, a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Yvette Cooper, anunciou que um primeiro grupo de crianças de Gaza estava “a caminho” do Reino Unido, descrevendo esta iniciativa como “um trabalho diplomático considerável”, sendo que Israel terá de autorizar a saída da Faixa de Gaza.

A atual guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do grupo islamista palestiniano Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, no qual foram mortas mais de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

Já a ofensiva israelita de retaliação causou, desde então, mais de 64 mil mortos na Faixa de Gaza, na maioria civis, de acordo com os números do Ministério da Saúde do Hamas, considerados credíveis pela ONU.

Ainda segundo a ONU, há fome em 20% do território palestiniano sitiado, uma realidade negada por Israel.

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