O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, lamentou, em nota de imprensa, a morte de mais um agente da Polícia de Segurança Pública, vítima de suicídio, sublinhando tratar-se de “uma tragédia que revela o abandono a que estão sujeitos os polícias em Portugal.”
A fatalidade atingiu um jovem polícia em Vila Real de Montalegre, a sua terra natal, que terá falecido por disparo de arma de fogo em plena via pública. O agente, filho de polícia, deixa em luto toda a comunidade e volta a expor a gravidade do problema dos suicídios nas forças de segurança, que ano após ano aumentam sem que sejam tomadas medidas eficazes.
“É inaceitável o silêncio da Direção Nacional da PSP, que nada tem feito para combater este drama que cresce ano após ano. Pior ainda, essa mesma direção prefere criticar quem denuncia esta realidade insustentável. São o espelho da incompetência”, disse.
O parlamentar criticou de forma veemente a Direção Nacional da PSP, acusando-a de já não representar os agentes no terreno, que, segundo diz, são diariamente confrontados com riscos, pressões psicológicas e condições adversas sem que lhes sejam dadas respostas adequadas, nem o apoio institucional que precisam.
“Os polícias sentem-se abandonados. A Direção Nacional não os defende, não os apoia e fecha os olhos ao flagelo dos suicídios. Este vazio de liderança é uma afronta a todos os que juraram servir Portugal e prova de que são precisas reformas urgentes.”
Francisco Gomes apontou igualmente o silêncio e a passividade da ministra da Administração Interna, acusando-a de não ter coragem política para assumir responsabilidades, nem para agir perante uma realidade que classifica como “uma emergência nacional que não pode continuar a ser escondida”.
“O Chega pediu a audição no parlamento do diretor nacional da PSP e da ministra da Administração Interna sobre o drama dos suicídios. Esse pedido foi chumbado com os votos contra do PSD, PS, CDS, Bloco, PCP e JPP. Estes partidos têm de explicar porque se recusam a enfrentar um problema que está a destruir a vida de tantos agentes e das suas famílias”, disse Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República.
O deputado concluiu reiterando que o Chega não deixará cair esta causa e continuará a dar voz ao desespero dos polícias, exigindo medidas concretas e urgentes para travar a escalada de suicídios nas forças de segurança, garantindo dignidade, apoio psicológico e respeito a todos os que diariamente arriscam a vida para proteger os cidadãos.