Médio Oriente: Famílias de reféns israelitas acusam Netanyahu de ser obstáculo ao fim da guerra

Israelitas, entre os quais familiares dos reféns ainda nas mãos do Hamas, protestam contra Netanyahu.

As famílias dos reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza acusaram hoje o primeiro-ministro de Israel de ser “um obstáculo” ao fim da guerra no enclave palestiniano, disse o Fórum das Famílias dos Reféns.

“A operação realizada no Qatar provou, sem sombra de dúvida, que existe um obstáculo ao regresso dos reféns e ao fim da guerra: o primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu”, de acordo com um comunicado da associação.

“Sempre que um acordo está prestes a ser concluído, Netanyahu sabota-o”, acrescentou este Fórum, que reúne a maioria das famílias dos reféns ainda retidos na Faixa de Gaza.

Por seu lado, Netanyahu reiterou, numa mensagem na rede social X, que eliminar os líderes do movimento islamita palestiniano Hamas poria fim à guerra em Gaza, na sequência dos recentes ataques aéreos israelitas no Qatar.

“Os líderes terroristas do Hamas que vivem no Qatar não se importam com o destino dos habitantes de Gaza. Eles bloquearam todas as tentativas de cessar-fogo para prolongar indefinidamente a guerra”, afirmou no X.

“Livrar-se deles eliminaria o principal obstáculo à libertação de todos os nossos reféns e ao fim da guerra”, acrescentou.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes de 07 de outubro 2023 do Hamas no sul do Israel, no qual foram mortas 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

As autoridades israelitas estimam que 48 reféns, dos quais 20 ainda vivos, estão detidos na Faixa de Gaza.

A operação israelita no enclave governado pelo Hamas desde 2007 já causou mais de 64 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais, e um desastre humanitário sem precedentes na região.

A ONU declarou a região da Cidade de Gaza como em situação de fome, quando Israel tem em marcha um plano militar para ocupar a capital do território e expulsar centenas de milhares de habitantes, além de prever o desarmamento do Hamas e a recuperação dos reféns, antes de entregar o enclave a uma gestão civil não hostil a Telavive.

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