JSD defende proximidade às pessoas e aposta nos jovens no poder local

A JSD/Madeira promoveu esta manhã, no Hotel The Vine, a primeira sessão da sua Academia Política, dedicada ao tema ‘Participação jovem no poder local’. O painel contou com as intervenções de Vera Duarte, João David Sousa e António Gonçalves, que partilharam experiências e desafios do exercício de funções políticas na Região.

Na sessão, ficou a ideia de que “seja no poder ou na oposição, o nosso dever e foco deve ser, sempre, ouvir e servir o outro”.

Vera Duarte, deputada municipal, recordou as dificuldades sentidas pelo PSD quando, em 2017, deixou de ser poder na Câmara Municipal do Funchal. “Para um partido que estava habituado a ser poder, foi preciso batalhar muito e aprender a fazer política de outra maneira”, afirmou, destacando que a situação obrigou a um trabalho de “maior proximidade e atenção à realidade”. Sublinhou ainda que a política só faz sentido se contribuir para melhorar a vida das pessoas, frisando: “Seja onde for, a nossa causa maior é essa, é ajudar os outros, é estar ao serviço dos outros.”

Já António Gonçalves, candidato à Câmara Municipal de São Vicente, destacou os desafios acrescidos nos concelhos do norte, “sempre mais envelhecidos e com menos jovens”. Referiu que, além das grandes obras, “também são essenciais as pequenas obras que fazem toda a diferença na vida das pessoas”, e apontou a habitação como a principal necessidade identificada no seu concelho.

Por sua vez, João David Sousa, presidente da Junta do Campanário desde 2021, salientou que “quem está no poder local deve estar sempre próximo das pessoas” e que a política “não é uma profissão mas, sim, uma missão”. Sublinhou que a proximidade deve ser a grande bandeira de quem exerce funções locais: “É sempre muito importante as pessoas sentirem essa proximidade para exporem os seus problemas, é importante confiarem em nós, mas também estar próximo permite que identifiquemos os problemas sem que nos digam.”

Na análise às limitações, Vera Duarte apontou a necessidade de maior celeridade nos processos e o peso da falta de competências legislativas das autarquias. António Gonçalves defendeu um sistema fiscal regional que atraia empresas para os diferentes concelhos, sobretudo os do Norte, e João David Sousa pediu mais atenção do Estado às juntas de freguesia das Regiões Autónomas, que considerou serem discriminadas negativamente face às do continente.

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