Estreia hoje nas salas de cinema portuguesas ‘A Mulher que Morreu de Pé’, um filme de Rosa Coutinho Cabral que propõe um olhar singular sobre a vida e o legado de Natália Correia, figura ímpar da literatura e da intervenção cívica em Portugal.
O lançamento do filme coincide simbolicamente com a semana em que a escritora, poeta e parlamentar açoriana completaria 102 anos.
Natália Correia nasceu a 13 de setembro de 1923 e faleceu em 1993.
Mais do que um documentário tradicional, ‘A Mulher que Morreu de Pé’ é apresentado como um ensaio visual, poético e ficcionado.
Mulher de múltiplas facetas, Natália Correia conheceu e moveu-se dentro dos meandros do poder político em Portugal. Foi próxima de figuras como Francisco Sá Carneiro (PPD/PSD).
Ficou célebre, em 1982, a sua intervenção na Assembleia da República sobre a despenalização do aborto, numa discussão quente com o então deputado do CDS, João Morgado.
A poesia pautou grande parte da sua existência em busca, como assim o demonstraram as suas ações, de um sentido de justiça.