Nova Direita diz que SocioHabitaFunchal não cumpre os regulamentos

N.º 1 da Nova Direita no Funchal, Paulo Ricardo Azevedo, critica atuação da SocioHabitaFunchal

Paulo Ricardo Azevedo, n.º 1 da lista da Nova Direita no município do Funchal, voltou esta tarde à SocioHabitaFunchal para denunciar aquilo que diz serem critérios duvidosos utilizados na atribuição e habitação social, condenando, especificamente, que não seja cumprido ao artigo 5 dos regulamentos daquele organismo, que considera ‘prioritárias situações de emergência, mormente indivíduos e agregados familiares que se encontrem em situação de necessidade habitacional urgente’.

“Bom, o que nos traz hoje realmente é para fazermos uma denúncia da situação, da forma como estão a ser geridas as listas”, disse, acompanhado de um conjunto de pessoas que estarão naquelas condições de exceção e que, por isso, deveriam, no seu entender, ver satisfeita essa necessidade habitacional.

“O artigo 5 diz que todas as pessoas que estão nas linhas de emergência, que venham de intempéries, catástrofes, até da violência doméstica e com carência de uma habitação, têm prioridade em relação às outras pessoas que estão nas listas. O problema é que bem há pouco tempo se entregou casas na Nazaré, e entregou-se a famílias que não estavam na linha de emergência”, explanou.

Paulo Azevedo garante que nesse bloco, junto ao Leroy Merlin, “neste momento têm sete apartamentos fechados e dizem que esses apartamentos estão guardados para uma catástrofe. Estas famílias são o quê? Famílias que vivem com crianças, estas famílias que vivem em quartos de pensões, que têm que comer fora, gastam 25 euros para almoço, 25 euros para o jantar… e têm que comer num Pingo Doce. Crianças, desde os quatro anos, que têm vergonha de chegar à escola, que venham a descobrir que vivem nestas situações…”

O candidato, que salvaguarda que não é movido pela campanha eleitoral, diz que as pessoas, ainda por cima, são mal recebidas na empresa municipal. “Falam com as pessoas da forma como falam. Parece que as pessoas escolheram estar numa linha de emergência. Parece que as pessoas acordaram e disseram queres sofrer de violência doméstica?”

“Aquilo que nós estamos aqui a apelar é com que tenham respeito pelas famílias de emergência. Temos também o bairro do Canto do Muro… Temos um Orçamento da Câmara de 150 milhões de euros que foi aprovado. E o que é que fizeram? Nada”, disse ainda.

Garante que as pessoas que o acompanham “enquadram-se no artigo 5 e se não estão a pensar cumprir, então que assumam e retirem ao artigo 5 dos regulamentos”, revelando que já pediu uma audiência ao Representante da República e que garantindo que jamais se irá calar perante injustiças desta ordem.

“Há vários apartamentos vazios e a desculpa é que é para entregar em caso de uma catástrofe. E estas pessoas, estas famílias, estão a passar o quê?”, reafirmou, lamentando que a SocioHabitaFunchal “nem as recebe”.

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