Francisco Gomes denuncia, em comunicado, o que diz ser “o tratamento indigno a que estão a ser sujeitos os agentes da PSP destacados na Divisão de Câmara de Lobos”, acusando os comandos responsáveis de impor condições de trabalho “que configuram uma espécie de escravatura” e que, segundo o parlamentar, “atentam contra a dignidade humana e contra os direitos laborais dos polícias”.
O deputado do Chega na Assembleia da República afirma que “há mais de três meses que aqueles profissionais não têm direito a folgas, uma vez que o comandante da divisão, com o aval do comandante regional, emite semanalmente despachos de exceção que suprimem o descanso legalmente previsto”.
“Estamos a falar de agentes que chegam a trabalhar 16 horas por dia, sem descanso e sem respeito pela sua dignidade. Aqueles que têm por missão proteger direitos fundamentais estão a ser vítimas de uma autêntica escravatura. Isto é criminoso, doentio e tem de acabar!”, condenada o madeirense.
Mais acrescenta que a sobrecarga têm efeitos nefastos na saúde física e psicológica dos agentes, além do comprometer a eficiência no exercício das funções, considerando “inaceitável” que profissionais que asseguram a proteção dos madeirenses “estejam a ser tratados como meros números, sem que a Direção Nacional e o Comandante Regional intervenham para corrigir uma situação que, a seu ver, já se arrasta há demasiado tempo”.
”Quem trata polícias desta forma está a minar a confiança dos cidadãos na própria instituição. É urgente que se ponha fim a este abuso, porque a PSP não pode ser sustentada à custa do sacrifício do corpo e da mente dos seus agentes”, conclui Francisco Gomes.