A multinacional tecnológica Google anunciou hoje que vai recorrer da multa de 2.950 milhões de euros que foi imposta pela Comissão Europeia por alegadamente utilizar a posição dominante na publicidade digital para favorecer os próprios serviços.
Em comunicado, a diretora-geral dos Assuntos Regulatórios da empresa, Lee-Anne Mulholland, disse que “a decisão da Comissão Europeia é incorreta”.
“Vamos recorrer, impõem-nos uma muta injustificada e vai prejudicar milhares de empresas europeias, dificultando a capacidade de ganharem dinheiro”, comentou a responsável da tecnológica localizada nos Estados Unidos da América (EUA).
A Comissão Europeia multou a multinacional tecnológica Google em 2.950 milhões de euros por abuso de posição dominante em publicidade digital por favorecer os próprios serviços em detrimento de outros prestadores, foi hoje anunciado.
Em comunicado, o executivo comunitário anunciou a segunda multa mais alta por abuso de posição dominantes, depois de outra multa, também à Google e de 4.000 milhões de euros, por violação das regras comunitárias de competição no sistema operativo para telemóveis Android.
Bruxelas exigiu à Google que acabe com a prática que favorece os próprios serviços de tecnologias publicitárias e erradique os conflitos de interesses que encontrou em toda a cadeia de abastecimento.
De acordo com órgãos de comunicação social especializados, a divulgação desta multa deveria ter ocorrido no início da semana, mas foi bloqueada pela Comissão Europeia por causa de negociações com Washington devido à guerra aduaneira.
A investigação foi aberta em 2021 e a decisão conhecida hoje dá conta de que a ‘gigante’ tecnológica, detentora do ‘browser’ mais utilizado em todo mundo e de vários serviços digitais, como Gmail, o sistema operativo Android, entre outros, violou as regras do bloco político-económico europeu.