O partido Livre alertou, esta quarta-feira, para a “degradação irreversível” a que está sujeito o Fanal, um dos locais mais emblemáticos da Laurissilva, classificada como Património Mundial da UNESCO.
“É-me impossível ficar calada perante as imagens que me vão chegando do que se passa no Fanal”, afirmou Marta Sofia, candidata do Livre à Câmara Municipal do Funchal e à Assembleia Municipal do Funchal, sublinhando que a pressão turística “sem controlo” e a “gestão ineficaz” estão a destruir árvores centenárias, a acelerar a erosão do solo e a comprometer o equilíbrio ecológico da zona.
A candidata defendeu o encerramento temporário do Fanal como “uma necessidade urgente” para permitir a sua recuperação e repensar a forma de gestão do património natural. Criticou ainda a ausência de posições públicas por parte dos candidatos à Câmara Municipal do Porto Moniz durante a campanha autárquica, bem como a atuação do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza e da Secretaria Regional do Turismo, Ambiente e Cultura, que, segundo a candidata, “têm falhado na sua responsabilidade de proteger este espaço”.
“Se nada for feito, o Fanal corre o risco de perder a sua identidade natural e cultural”, alertou Marta Sofia, pedindo medidas imediatas que limitem a carga turística, reforcem a conservação e devolvam ao espaço “a dignidade que merece”. “O silêncio institucional e político já não é admissível perante a gravidade da ameaça”, rematou.