O presidente da Carris, Pedro de Brito Bogas, afirmou hoje que a manutenção do elétrico que descarrilou em Lisboa fazendo 15 mortos, foi assegurada “escrupulosamente”.
Em declarações aos jornalistas junto ao local do acidente, no centro de Lisboa, o presidente da Carris afirmou que há 14 anos que a manutenção do Elevador da Glória é assegurada por uma empresa externa, a Main Energy, e que está em curso um inquérito para apurar se se tratou de um problema de manutenção.
“O protocolo de manutenção foi escrupulosamente respeitado”, afirmou Brito Bogas, sublinhando que a última manutenção geral do Elevador da Glória foi feita em 2022, realizando-se de quatro em quatro anos, mas que o plano prevê também manutenção semanal e mensal e inspeções diárias, que foram realizadas.
O mesmo responsável adiantou que são ainda feitas manutenções intercalares de dois em dois anos, neste caso em 2024.
O plano da empresa pública de transportes abrange também os elevadores do Lavra e da Bica.
“A Carris preza muito a segurança, temos protocolos muitos rigorosos, profissionais excelentes há muitos anos, portanto temos de perceber o que se passou e vamos perceber”, disse Pedro de Brito Bogas, sublinhando ainda ser “um dia muito triste”.
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou esta quarta-feira, pelas 18:04, na Calçada da Glória.
O INEM anunciou que o acidente provocou 15 mortos e 18 feridos, dos quais cinco em estado grave e 13 ligeiros.
O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.