Ucrânia: Putin recusa comprometer segurança da Rússia com acordo de paz

Putin está em Pequim para assistir ao desfile militar que celebrará os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O Presidente russo reafirmou hoje em Pequim a recusa em comprometer a segurança da Rússia com um acordo de paz com a Ucrânia, que Moscovo invadiu em fevereiro de 2022.

“É uma decisão da Ucrânia escolher como garantir a sua segurança”, afirmou Vladimir Putin durante uma reunião com o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, transmitida pela televisão.

“Mas a sua segurança (…) não pode ser garantida em detrimento da segurança de outros países, incluindo a Rússia”, acrescentou, repetindo um argumento que tem usado desde que ordenou a invasão do país vizinho.

A Ucrânia, que pediu a adesão à NATO, a que a Rússia se opõe, pretende obter garantias de segurança para dissuadir Moscovo a invadir de novo o país no quadro de um acordo que permita o fim da guerra em curso.

A Ucrânia recebeu garantias de segurança em 1994, no âmbito do Memorando de Budapeste, que assinou com a Rússia, os Estados Unidos e o Reino Unido em troca do arsenal nuclear soviético estacionado no seu território.

O acordo não impediu a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2014, quando anexou a Península da Crimeia e patrocinou um movimento separatista no Donbass (leste), e em fevereiro de 2022.

Putin e Fico estão em Pequim para assistir ao desfile militar que celebrará os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a que presidirá o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping.

Assistirá também ao desfile, entre outros convidados, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que chegou hoje a Pequim num comboio blindado proveniente de Pyongyang, numa das suas raras viagens ao estrangeiro.

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