As chuvas das monções no noroeste do Paquistão causaram mais 10 mortes nas últimas horas, elevando o número de mortos para 798, estando previstas hoje mais chuvas.
A Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA), num relatório divulgado no domingo à noite, informou que as últimas 10 mortes ocorreram na província de Khyber Pakhtunkhwa (KP), no noroeste do país, entre sábado e o meio-dia de domingo.
Durante este período, 56 pessoas ficaram feridas, segundo a NDMA.
O maior número de mortes nas últimas semanas ocorreu na região montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, com 408 mortes registadas, embora tenham sido registadas mortes em todas as províncias.
Esta semana, o Departamento Meteorológico do Paquistão (PMD) alertou para a possibilidade de ocorrerem hoje chuvas fortes e deslizamentos de terra em várias partes do Paquistão.
Entretanto, a Divisão de Previsão de Inundações do Paquistão (FFD) alertou no domingo para a possibilidade de os rios Chenab e Indo atingirem níveis elevados de inundação nas próximas 24 horas.
O FFD acrescentou ainda que o rio Sutlej, na área da barragem de Ganda Singh Wala, permanecerá com níveis de inundação elevados, sujeito a fugas de reservatórios indianos.
Em Gilgit-Baltistan, um deslizamento de terras desceu sobre o canal principal do rio Ghizer na sexta-feira, criando um lago de sete quilómetros.
A NDMA indicou que o bloqueio criou uma estrutura semelhante a uma barragem, representando um risco significativo de rutura e desencadeando inundações potencialmente catastróficas. Até à data, nenhum dano foi relatado ao novo lago.
As fortes chuvas devem continuar até 10 de setembro, segundo as autoridades.
O Paquistão é um dos países mais vulneráveis do mundo a eventos climáticos extremos.
Em 2022, as chuvas e as inundações fizeram 1.700 mortos.