A candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal do Porto Santo, Nádia Melim, pretende que a ‘ilha dourada’ volte a estar dotada de um parque de campismo, “reavivando aquela que, durante muitos verões, foi uma das imagens de marca daquele destino”.
“Despois de o Governo Regional ter desmantelado o parque de campismo, que funcionou durante 40 anos, com a justificação de criar um parque urbano que, afinal, se encontra completamente ao abandono – com a complacência da câmara PSD/CDS –, Nádia Melim entende que é tempo de voltar a apostar neste nicho de turismo que, além de tradicional, é também importante para a economia local”, referiu o partido em nota de imprensa.
De referir que o abandono do parque urbano fez a manchete da edição do JM deste domingo. Na notícia de ontem, o Jornal refere que o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Nuno Batista, está a aguardar por uma reunião com o Governo Regional para definir condições de transferência da gestão do antigo parque de campismo para a autarquia.
Numa altura em que está em cima da mesa a passagem deste espaço para a responsabilidade da autarquia, a candidata do PS garante que, se o partido governar a edilidade na sequência das eleições de 12 de outubro, voltará a criar um parque de campismo na ilha.
Esta segunda-feira, a socialista referiu que o espaço em questão tem uma área de 23 mil metros quadrados que “pode, perfeitamente, ser dividida em duas: por um lado para zonas verdes e, por outro, para voltar a implementar uma estrutura que acolha este tipo de turismo”. A intenção do PS passa não só por recuperar a tradição do campismo no Porto Santo, mas por ir mais além, olhando à vertente da sustentabilidade e apostando no segmento de ‘glamping’, com tendas e bungalows ecológicos. Neste âmbito, o objetivo de Nádia Melim consiste em dotar o espaço com todas as infraestruturas de apoio necessárias, nomeadamente instalações sanitárias, duches e serviço de bar.
Como salienta a candidata do PS, na mesma nota, “o turismo de campismo proporciona oportunidades diferentes e únicas de convívio, entreajuda, respeito e contacto com a natureza, além de que representa uma alternativa mais económica ao segmento de hotelaria”. Segundo releva, “o turismo de campismo tem também um papel fundamental ao nível da dinamização da economia local – bares, restaurantes e supermercados – já que estas pessoas consomem nos estabelecimentos da ilha, ao contrário dos turistas que optam por hotéis com o regime ‘all inclusive’”. Além disso, a criação do parque de campismo “terá também um importante contributo para a criação de emprego, tendo em conta que serão necessárias pessoas para assegurar os serviços de receção, manutenção e vigilância”, reforça o PS.
A socialista sublinha que não aceita que um espaço tão nobre da ilha do Porto Santo esteja votado ao abandono por desleixo do Governo Regional, sem que a Câmara Municipal “mexa uma palha”. Lembra ainda que a criação do parque urbano, num valor de cerca de 700 mil euros, com comparticipação comunitária, previa a demolição das construções existentes junto à crista da duna, a conceção de zonas de sombreamento e descanso, a criação de novos conjuntos destinados a cafetaria e gelataria, a criação de um parque de merendas, um parque infantil, um parque de desportos de praia e a recuperação e valorização da nora existente, mas pouco ou nada foi feito.
“Passados dois anos desde a inauguração do parque urbano, aquilo que se constata é que o PSD apenas gastou dinheiro para depois deixar tudo ao abandono”, critica Nádia Melim, alertando que a gestão dos dinheiros públicos tem de ser feita de forma rigorosa e responsável e reafirmando que, se o PS voltar a liderar a autarquia, o parque de campismo tornará a ser uma realidade.