A concelhia do Funchal do CDS-PP reagiu hoje à alteração de posição do Chega Madeira relativamente à redução da idade da reforma na Região, considerando tratar-se de uma “pirueta política”.
Em julho, o CDS-PP apresentou um projeto legislativo para reduzir em dois anos a idade da reforma na Madeira, justificando a proposta com a esperança média de vida inferior à nacional. A iniciativa foi contestada pelo Chega, cujo líder regional, Miguel Castro, classificou a proposta como “populista”, “irresponsável” e “um perigo para a sustentabilidade da Segurança Social”.
No entanto, esta semana, o deputado do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, levantou precisamente a mesma questão, questionando o Governo sobre a possibilidade de aplicar essa redução aos madeirenses.
O presidente da concelhia do CDS Funchal, Pedro Pereira, ironizou a reviravolta, afirmando que “a mudança de posição do CHEGA talvez seja um novo episódio de mudança de opinião depois da autorização do líder a nível nacional”. E acrescentou: “Já todos sabemos que no Chega Madeira a autonomia fica sempre na gaveta.”
O CDS sublinha que, mais do que a contradição política, o essencial é que a proposta volte a estar em debate, para que a Madeira veja reconhecida a sua especificidade e justiça social no acesso à reforma.