A Associação Nacional Movimento TVDE (ANM‑TVDE) manifestou hoje a sua “profunda preocupação” face a “dois acontecimentos recentes” registados na Madeira, considerando que os mesmos “afetam gravemente o setor da mobilidade e comprometem a confiança da população nas instituições públicas”.
Um dos acontecimentos prende-se com uma alegada “recusa de receção de ocorrência pela PSP do Funchal”, lê-se num comunicado de imprensa.
“No sábado, 23 de agosto, uma motorista de TVDE foi alvo de agressões verbais por parte de um utilizador da plataforma Uber. Quando se dirigiu ao Comando Regional do Funchal para apresentar queixa, o agente de serviço recusou registar a ocorrência alegando que séria ‘uma perca de tempo visto ser um queixa contra um desconhecido’ orientou a vítima para que ‘fosse para casa descansar e esfriar a cabeça’”, descreve-se na referida nota.
Para a ANM‑TVDE, “este procedimento, além de injustificado, fragiliza a vítima e contraria o dever das forças de segurança de acolher e proteger quem procura apoio”.
Tendo em conta a situação acima descrita, “a ANM‑TVDE exige ao Comando Regional da PSP da Madeira que esclareça os factos e garanta que qualquer vítima seja recebida e protegida em qualquer posto, evitando a repetição de situações semelhantes”.
O segundo “acontecimento” que gera “profunda preocupação” à ANM‑TVDE diz respeito ao “bloqueio na emissão de licenças de táxi”.
”Simultaneamente, novos formandos de táxi estão a ser impedidos de concluir a sua certificação, devido à paralisação do processo de licenciamento no IMT‑Madeira”, explica-se no comunicado, alertando que “a falta de capacidade de validação documental está a criar atrasos inaceitáveis e a prejudicar famílias que dependem da entrada imediata destes profissionais no mercado de trabalho”.
A nota termina com um “apelo às associações de táxi”, com a ANM‑TVDE a defender que estas “devem concentrar‑se em resolver os problemas internos, em vez de se limitarem a disputar espaço com o setor TVDE”.
“É essencial que defendam os motoristas recém‑formados, pressionem pela regularização das licenças e acompanhem a regulamentação dos táxis de 6 e 8 lugares, ajustando valores e regras às necessidades reais. Só assim se assegura que os verdadeiros interesses dos taxistas são ouvidos e respeitados”, sublinha a nota.