Raimundo Quintal dececionado com o que foi feito na renovada Marina do Funchal

O investigador, ambientalista e antigo vereador na Câmara Municipal do Funchal, Raimundo Quintal, atento ao que vai acontecendo na capital da Região e não só, volta, hoje, a dar a sua opinião. Desta vez, sobre a Marina do Funchal. Com o título ‘Marina do Funchal- Oportunidade Perdida!’, um post colocado por Raimundo Quintal na sua página de Facebook dá conta de que o que ali encontrou “é dececionante no domínio da mitigação do aquecimento global (que nos está a atingir), no impacto paisagístico e na seleção das espécies utilizadas”.

“A renovada Marina do Funchal é mais uma ilha de calor, numa cidade carente de núcleos verdes povoados de plantas adaptadas às altas temperaturas e pouco exigentes em água”, diz Raimundo Quintal, que percorreu, esta manhã, aquele renovado espaço.

“Nem uma só espécie da Flora da Madeira foi selecionada pelos projectistas. Mais uma vez, foram plantadas as mesmas espécies de palmeiras, agaves, espadanas, patas-de-cavalo e outros tantos arbustos e herbáceas de importação”, afirma ainda.

Nas suas críticas, acrescenta que “esqueceram-se do dragoeiro, do zambujeiro, da faia-das-ilhas, do marmulano, do barbusano, dos dois buxos-rocha, da esteleira-da-beira-mar, da globulária, da figueira-do-inferno, da múchia-dourada, da cila-da-madeira, do jasmineiro-branco, da trevina, da malfurada, do goivo-da-rocha, da lavanda, da maravilha-da-madeira, do murrião, da perpétua-branca, da perpétua-de-são-lourenço, do funcho…”.

“Não estava à espera que a Marina do Funchal surgisse como um mostruário de plantas endémicas e nativas do primeiro andar fitoclimático da Ilha da Madeira. Nem sequer tinha imaginado que ali fosse criado um jardim de plantas indígenas”, admite. No entanto pelo que conhece de espaços verdes “mediocremente mantidos pela Administração dos Portos da Madeira, visitei a Marina do Funchal com baixa expectativa, mas o que ali observei conseguiu surpreender-me pela negativa”.

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