Golegã lança primeiro curso superior em Turismo Equestre

O município da Golegã vai acolher o primeiro curso de Técnicas Superiores Profissionais em Turismo Equestre em Portugal, lecionado no Centro de Alto Rendimento de Desportos Equestres (HIPPOS), em parceria com o instituto de ensino superior ISLA Santarém.

O vice-presidente da Câmara da Golegã, Diogo Rosa, afirmou hoje à Lusa que a criação do curso “surge da necessidade de formação especializada no setor do cavalo” e que a aposta está “enquadrada na estratégia de desenvolvimento do concelho, assente em três pilares: desporto, turismo e formação”.

“Já temos um curso técnico profissional em gestão equina, que é o mais procurado da Escola da Golegã, e fazia sentido dar continuidade com uma oferta de ensino superior”, acrescentou, destacando que a escolha do turismo equestre “responde à procura do mercado e à importância crescente desta área para a economia local”.

O autarca recordou que a Entidade Regional de Turismo “aponta o setor equestre como um dos dois grandes polos de desenvolvimento no Ribatejo, a par do enoturismo” e que “é fundamental estar na linha da frente para garantir profissionais qualificados”.

O curso será lecionado totalmente na Golegã, no distrito de Santarém, com docentes do ISLA, e terá uma forte componente prática.

“Temos as melhores condições do país, com picadeiros, boxes e trilhos, e uma vantagem competitiva: a Golegã tem atividade equestre durante todo o ano, com cerca de 26 eventos anuais, além da Feira Nacional do Cavalo”, sendo a ligação entre teoria e prática “essencial para preparar os alunos para o mercado”, acrescentou Diogo Rosa.

O vice-presidente revelou ainda que está em curso um investimento de 1,18 milhões de euros no Centro de Alto Rendimento, para a construção de um picadeiro coberto com condições para provas e treinos, “uma infraestrutura há muito necessária” e que se conseguiu viabilizar com apoio do Comité Olímpico e da Federação Equestre Portuguesa.

O curso não terá limite máximo de vagas, mas exige um mínimo de 12 alunos para viabilização, referiu Diogo Rosa, que garantiu que “existem soluções de alojamento” e está também prevista a reabilitação do antigo centro de estágio para criar 23 quartos.

“Lançámos o desafio ao ISLA, que percebeu a oportunidade, e estamos a trabalhar para que este ano se abra o primeiro curso”, salientou.

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