Dois homens procurados pelas autoridades brasileiras que estavam legalmente em Portugal há vários anos foram detidos em Lisboa pela Polícia Judiciária (PJ), tendo agora ficado em prisão preventiva, foi hoje divulgado.
Segundo a PJ, o primeiro caso é de um homem de 31 anos, cidadão brasileiro com um mandado de detenção internacional emitido pelo Brasil por assalto à mão armada em 2017, na região metropolitana de São Paulo, e que foi localizado e detido na quarta-feira por elementos da Unidade de Informação Criminal na região de Lisboa, onde vivia com a situação de permanência devidamente legalizada.
De acordo com a informação da PJ, em 2017, três homens, entre os quais o agora detido, assaltaram à mão armada uma caixa ATM localizada no interior de um supermercado em Embu das Artes, no Estado de São Paulo, de onde roubaram 528 mil reais, o equivalente a 83 mil euros.
De seguida roubaram ainda a uma empresa de Segurança e de Transporte de Valores, uma espingarda e três revólveres.
O detido, que se encontrava em Portugal desde fins de 2017, foi presente ao Tribunal da Relação de Lisboa, tendo sido determinado que aguardasse o desenrolar do processo de extradição em prisão preventiva.
O segundo caso é de outro cidadão brasileiro, também de 31 anos, suspeito do crime de homicídio no Brasil, cometido em 2015, e que se encontrava na região de Lisboa igualmente com a situação de permanência em Portugal devidamente regularizada, onde permanecia há nove anos, a viver com uma companheira de nacionalidade portuguesa e com uma filha menor.
Este homem, detido através da Unidade de Informação Criminal, no cumprimento de um mandado de detenção internacional, emitido no passado mês de agosto pelas autoridades judiciárias brasileiras, é suspeito da prática de um crime de homicídio qualificado, ocorrido em 2015 no Estado de Goiás.
O detido é suspeito de ter efetuado vários disparos com arma de fogo que provocaram a morte de um outro homem na via pública e pode vir a ser condenado numa pena de 30 anos de prisão (o máximo legal no Brasil).
Após os disparos mortais, o suspeito, segundo a PJ, viajou para Portugal, onde se encontra há cerca de nove anos, exercendo atualmente a profissão de motorista.
Foi também presente ao Tribunal da Relação de Lisboa, ficando a aguardar em prisão preventiva o processo de extradição.