Os meios para combater o incêndio que entrou no Norte de Portugal proveniente de Espanha foram reforçados para os 223 operacionais e um meio aéreo, causando hoje preocupações na zona de Cambedo, Chaves, segundo a Proteção Civil.
Em Portugal, o alerta para este fogo foi dado às 10:25 de segunda-feira, para Vilar de Perdizes, no concelho de Montalegre, estando hoje a causar mais preocupações em Cambedo, já no município vizinho de Chaves.
Este incêndio afeta há vários dias a região da Galiza, em Espanha, e tem lavrado na zona de fronteira, no Norte de Portugal.
Fonte do comando sub-regional do Alto Tâmega e Barroso referiu que o incêndio lavra em mato e floresta, em zona de declives acentuados, onde se regista vento forte, tem duas frentes a arder com intensidade e adiantou que os meios de combate estão a ser reforçados.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), para esta ocorrência estavam mobilizados, pelas 15:30, 223 operacionais, 70 veículos e um meio aéreo.
Na segunda-feira à tarde, este incêndio, que tem uma extensão de vários quilómetros, ameaçou a aldeia de Vilar de Perdizes.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.