Trabalhadores da Menzies voltam à greve no próximo fim de semana

”Não aceitaremos prepotências, mentiras ou compadrios com sindicatos vendidos. Jamais levantaremos greves sem documentos assinados”, avisa o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins num comunicado emitido hoje e que tem a ver com a greve na Menzies, a qual está a afetar o normal funcionamento dos aeroportos. Contactado pela rádio JM FM, o secretário-geral do SIMA, José Simões, confirma que os trabalhadores da Menzies regressam à greve no próximo fim de semana (das 0 horas do dia 22 até as 24 horas do dia 25).

“Na véspera do terceiro período de greve de 4 dias, o SIMA tentou, mais uma vez, abrir um canal de diálogo com a SPdH/Menzies. A resposta foi a mesma de sempre, “não negociamos com pré-avisos de greve”. Mas recordamos que também não negociaram quando não havia pré-avisos. A verdade é simples, nunca quiseram negociar, não querem negociar e afirmam que nada há a discutir até ao final de2026.Nós não aceitamos isto. Não aceitamos tabelas salariais ilegais, imorais e desfasadas do mercado”, diz o Sindicato.

Depois de a estrutura sindical ter sido, alegadamente, informada de que havia vontade para a resolução do conflito entre empresa e trabalhadores, foi pedido o levantamento do pré-aviso de greve.

Isto “tendo em conta as conversas positivas com a TAP e indicações internas de que a gestão da MenziesPLC estaria disposta a aceitar as nossas pretensões por serem justas e exequíveis, entendemos que havia condições para encerrar o pré-aviso e iniciar um diálogo sério”, explica o Sindicato.

Mas acrescenta: “Infelizmente, percebemos rapidamente que estávamos enganados”.

“Aceitamos que foi um erro acreditar que estávamos a lidar com pessoas dispostas a construir um futuro sustentável para a empresa. O que realmente procuram é esmagar os trabalhadores e garantir prémios de gestão, sem se preocuparem com o médio prazo. O resultado foi um discurso vazio e redundante, mantendo a posição de não negociar nada antes de2026, possivelmente já alinhada com três sindicatos vendidos que há anos prejudicam os trabalhadores”, afirma o Sindicato que, perante isto, diz não lhe restar alternativa senão responder com a força da união.

O SIMA já decidiu: “vamos continuar a lutar!”, refere, sublinhando que os trabalhadores reivindicam por melhores condições de trabalho, nomeadamente o aumento salarial, assim como o pagamento de horas extras noturnas.

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