A presidente da autarquia de Nova Orleães, nos Estados Unidos, foi hoje acusada de conspiração, fraude e obstrução após uma investigação sobre um suposto caso amoroso com o guarda-costas que colocou em risco o seu segundo mandato.
Várias das acusações do Ministério Público contra a democrata LaToya Cantrell estão relacionadas com a sua alegada relação amorosa com Jeffrey Vappie, acusado no verão do ano passado de fraude eletrónica e declarações falsas.
Vappie declarou-se então inocente, mas enfrenta agora novas acusações, como a de ocultar uma relação amorosa com Cantrell e de apresentar registos falsos de pagamento de honorários alegando que estava em serviço.
O homem, que se reformou da polícia em 2024 e deverá ser julgado em janeiro de 2026, era pago como se estivesse a trabalhar, mesmo quando ele e LaToya Cantrell se encontravam em apartamentos e se deslocavam a propriedades vitivinícolas para provar vinhos, de acordo com a acusação.
A acusação ao casal é o culminar de uma longa investigação sobre a primeira mulher presidente da câmara nos 300 anos de história da cidade de Nova Orleães.
LaToya Cantrell também se envolveu numa batalha judicial com um residente de Nova Orleães que tirou fotografias do alegado relacionamento com Jeffrey Vappie, iniciado em 2021, e foi processada pelas escolas públicas da cidade por uma promessa de financiamento multimilionária incumprida.
A autarca, cujo número de mandatos é limitado, vai deixar o cargo em janeiro.