A recente notícia de que “80% das casas do PRR são para a classe média” levanta uma questão fundamental: afinal, o que entende o Governo Regional, através do IHM, por “famílias com rendimentos médios”?, questiona a Iniciativa Liberal.
A Iniciativa Liberal considera preocupante que, no atual contexto, a classe média — que deveria ser o motor da economia e a base sólida da sociedade — precise de apoios públicos para ter acesso a um bem essencial como a habitação.
“Quando chegamos ao ponto de a classe média depender do Estado para ter casa, significa que falhámos grosseiramente os principais objetivos que devem nortear a ação política”, afirma Gonçalo Maia Camelo, deputado da IL Madeira, na ALRAM. “Trocámos a independência e o crescimento individual pela subsidiodependência e pelo paternalismo do Estado. Isso não é progresso — é retrocesso.”
Para a Iniciativa Liberal, a política de habitação deve criar condições para que as famílias consigam, com o fruto do seu trabalho, aceder à casa que desejam e não ficar presas a mecanismos assistencialistas que limitam a sua autonomia e perpetuam a dependência.
“Queremos muito mais para os nossos filhos. Queremos uma Madeira onde o trabalho compensa, onde é possível progredir pelo mérito e não pela dependência dos apoios estatais”, reforça o deputado liberal.
A Iniciativa Liberal defende reformas estruturais que incentivem o crescimento económico, a redução da carga fiscal, a simplificação do licenciamento urbanístico e o aumento da oferta de habitação através do mercado, devolvendo à classe média a sua liberdade e capacidade de escolha.
“A verdadeira função do Estado é criar as condições para que as pessoas possam viver de forma livre e próspera, não mantê-las dependentes dele para necessidades básicas”, conclui, Gonçalo Maia Camelo.