O ADN – Madeira recordou que “faz hoje exatamente um ano que se iniciou um pequeno incêndio na Serra de Água, que devido a um (eventual) erro de avaliação de risco e o facto de terem subestimado a capacidade de propagação do mesmo, espalhou-se por vários concelhos da RAM durante 12 dias, ardendo e devastando mais de 5.000 hectares do nosso valioso património regional natural, assim como colocando em risco habitações e vidas humanas”.
O partido politico ADN – Madeira, embora não tendo assento parlamentar na ALRAM, reclama mais e melhor oposição dos partidos eleitos, pois diz estranhar o facto da CPI – (Comissão Parlamentar de Inquérito) não ter ainda retomado as audições aos respetivos intervenientes diretos e indiretos ao “infeliz acontecimento” de agosto de 2024, após a interrupção motivada pela dissolução do Parlamento Regional em Janeiro do corrente ano, quando já haviam sido ouvidas várias personalidades, “assim como também a nível Nacional sucedeu o mesmo com as audições na Assembleia da Republica, que com a dissolução do Parlamento Nacional, tudo foi suspenso e tende a cair no (conveniente) esquecimento”.
O ADN – Madeira considera muito importante a existência de um relatório final desse inquérito, de forma a apurar responsabilidades, “mas principalmente aprendermos com os erros do passado, analisando o que correu mal de forma a que não se repita tal calamidade ou que pelo menos possamos minimizar os riscos, pois todos nos sabemos que foi recusada ajuda exterior por parte do Governo Regional da Madeira, numa altura em que ainda era possível salvar muitas áreas que acabaram por arder, assim como todos vimos que os meios aéreos afinal foram fundamentais no combate às chamas”.
O ADN – Madeira constata que, após um ano desses incêndios que lavraram aqueles milhares de hectares, assim como todos os outros incêndios em anos anteriores, “nada se aprendeu e os erros repetem-se ano após ano, pois é visível para qualquer pessoa que a carqueja, acácias e giestas votaram a invadir as nossas serras, proliferando sem qualquer controlo seja através da tal introdução de gado em zonas estratégica ou com recurso à intervenção humana, continua a não existir faixas de contenção, nem sequer o tal helicóptero prometido, existe sim a aquisição de drones que em nada servirão para combater incêndios”.