A cada dia que passa, estamos a nos aproximar da realização das eleições autárquicas. Um ato eleitoral que pela sua natureza de proximidade envolve mais do que partidos, reflete escolhas locais e diria até pessoais.
Tratam-se das eleições de maior proximidade e que maior impacto tem na vida quotidiana dos cidadãos a nível individual e coletivo.
No concelho de Santana, o povo tem feito as suas escolhas e julgo que é hora de refletir sobre o resultado prático das mesmas. Os candidatos e as suas equipas, independente do seu quadrante político de origem têm o dever e a missão de ser claros, transparentes e objetivos com a população. Sem paninhos quentes, sem manobras de distração, é importante dizer de forma concreta ao que vêm.
Apresentar programas exequíveis, concretos, que olhem para áreas que preocupam verdadeiramente os cidadãos, as famílias, as empresas, os comerciantes e as instituições é determinante.
Sem desculpas, sem culpar os outros: falar a verdade!
Considero acima de tudo que é fundamental respeitar as pessoas; cada qual é livre de tomar as suas opções, mas sempre com respeito e elevação pelo próximo.
Traçar políticas que favoreçam o investimento e a criação de postos de trabalho, descomplicar a vida das pessoas em termos de urbanismo, simplificar o acesso a apoio para legalização e recuperação de habitações, criar um parque de habitação municipal em todas as seis freguesias do concelho de Santana, investir nas acessibilidades internas, alterar regulamentos de apoios e torná-los mais justos para pessoas e instituições, criar medidas claras para o turismo, com regras de usufruto da nosso património natural, cultural, etnográfico e religioso e criar um quadro de apoio claro de objetivo para o sector agrícola e pecuário, são apenas algumas das áreas que a equipa que lidero irá apresentar no decorrer da nossa atividade.
A atividade política atravessa uma fase muito conturbada; a democracia está ameaçada devido às atitudes e comportamentos de muitos que não valorizam a liberdade e a sua conquista. É fundamental que também nas campanhas eleitorais haja verdade e elevação no debate e na retórica diária. Ofender e difamar o adversário não torna ninguém melhor, muito pelo contrário, apenas revela o verdadeiro carácter por detrás da máscara que muitos usam no seu dia-a-dia, mas que de vez em quando acaba por descair ou simplesmente cair.
Aceitei este desafio autárquico com um propósito claro: trabalhar em prol do concelho que me acolheu como casa há vinte anos atrás.
Agradeço antecipadamente a todos os que aceitaram embarcar comigo neste desafio, num projeto de longo prazo por Santana e pelos Santanenses; porque acredito verdadeiramente que podemos e devemos fazer mais e melhor para todos.