Os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) estão com falhas desde a tarde de segunda-feira devido a problemas informáticos na central 112 Lisboa, o que tem levado a atrasos no envio de ambulâncias, segundo o sindicato do setor.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, adiantou à agência Lusa que lhes foi comunicado constrangimentos relacionados com problemas informáticos desde as 16:00 de segunda-feira e que hoje ainda não estão resolvidos, levando à repetição de dados enviados para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e, por consequência, atrasos nos envios de ambulâncias.
Segundo explicou, o problema faz com que as fichas de informação sobre as ocorrências comunicadas à central 112 cheguem ao CODU vazias de informação (nome, morada, qual a situação referenciada, entre outros), sendo necessário repetir o procedimento, o que tem levado a constrangimentos no processo e a atrasos nos pedidos de ambulâncias.
“Este problema faz com que exista uma duplicação de serviços para o CODU, o que provoca uma demora na triagem do INEM. Tendo em conta que os CODU já funcionam em serviços mínimos, esta demora provoca atrasos no atendimento e faz com haja chamadas em espera”, explicou Rui Lázaro.
O sindicalista referiu ainda à Lusa que na segunda-feira à tarde existiram várias chamadas em espera e outras perdidas, que não foram recuperadas, e atrasos no envio de ambulâncias de pelo menos 30 minutos.
Fonte ligada a estes serviços relatou à Lusa que o problema informático foi causado por um sobreaquecimento dos servidores.
O número de emergência 112 é gerido pela PSP e as chamadas são atendidas pelos centros que efetuam a triagem e encaminhamento para as forças de segurança, INEM, bombeiros e Autoridade Marítima.
A Lusa tentou contactar o INEM para obter informações sobre este assunto, mas até ao momento não foi possível, o mesmo tendo acontecido com a PSP, que gere o serviço de urgência telefónico 112.