Saldo dos empréstimos concedidos às sociedades não financeiras diminuiu e o dos concedidos às famílias aumentou

Segundo os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no final do 2.º trimestre de 2025, o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (SNF) era de 1 819,0 milhões de euros, menos 33,7 milhões de euros (-1,8%) que no final de junho de 2024 e mais 51,1 milhões (+2,9%) que em março de 2025, divulgou hoje a Direção Regional de Estatísticas da Madeira (DREM).

A análise indica que o rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades aumentou face ao final de março de 2025, com uma variação de +0,2 pontos percentuais (p.p.), fixando-se em 1,0% no final de junho de 2025. Em comparação com o trimestre homólogo, registou-se um crescimento de 0,1 p.p.. A nível nacional, este indicador fixou-se em 1,9% no final do 2.º trimestre de 2025, valor que se iguala ao do trimestre anterior, mas abaixo do observado no trimestre homólogo (-0,1 p.p.). O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras, com sede na Região, situava-se, no período em referência, nos 18,4 milhões de euros (+3,6 milhões de euros que em março passado e +1,5 milhões de euros face a junho do ano anterior).

“A percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos, no final de junho de 2025, era de 14,0%, valor abaixo da média nacional (14,5% no mesmo período). Face a junho de 2024, este indicador aumentou 0,1 p.p. na Região e 0,2 p.p. no País”, reforça.

A DREM refere que, no sector das famílias e das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF), assistiu-se a um aumento de 218,6 milhões de euros (+7,4%) em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos, cifrando-se este nos 3 161,2 milhões de euros no final do 2.º trimestre de 2025. Quando comparado o saldo atual com o do trimestre precedente, observa-se um aumento de cerca de 74,4 milhões de euros (+2,4%). Ao detalhar-se a análise, verifica-se que 73,9% daquele saldo era referente ao segmento da habitação e os 26,1% restantes ao consumo e outros fins.

No trimestre em referência, o rácio de crédito vencido neste sector institucional era de 0,8%, mantendo-se inalterado em termos homólogos, mas diminuindo quando comparado com o final de março de 2025 (-0,1 p.p.). No segmento da habitação mantém-se no mínimo de 0,2% (tal como no País), enquanto no segmento do crédito e outros fins ascendeu aos 2,7%, 0,2 p.p. acima do valor nacional. Em termos homólogos, este rácio variou +0,3 p.p. na RAM, mantendo-se inalterado em Portugal.

Relativamente aos empréstimos vencidos, os mesmos totalizavam 26,9 milhões de euros, 4,4 milhões de euros no segmento da habitação e 22,5 milhões de euros no consumo e outros fins. Em termos globais, a variação foi de +13,5% em termos homólogos e de +0,7% em relação ao trimestre anterior.

O número de devedores do sector institucional famílias e ISFLSF cresceu face ao trimestre homólogo para os 103,8 mil (+2,0 milhares; +2,0%), dos quais 42,7 mil eram devedores com crédito à habitação (+0,1 milhares; +0,2%) e 88,7 mil com crédito para consumo e outros fins (+2,1 milhares; +2,4%).

A percentagem de devedores (famílias e ISFLF) com empréstimos vencidos na RAM era, no final do 2.º trimestre de 2025, de 6,2% na RAM e de 7,4% em Portugal. Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o rácio na RAM aumentou 0,3 p.p., ficando inalterado no País.

Depósitos crescem nas famílias e SNF, mas continuam em queda entre os emigrantes

Mais indica que no final do 2.º trimestre de 2025, os depósitos das famílias e ISFLSF atingiram o valor mais elevado da série iniciada em dezembro de 2018, situando-se nos 4 381,3 milhões de euros. Este valor traduz um aumento homólogo de 4,9% e trimestral de 1,2%.

No setor das SNF, os depósitos ascenderam a 1 929,2 milhões de euros, o que representa uma variação homóloga de +31,7% e um aumento de +4,2% face ao final do trimestre anterior.

Por sua vez, o saldo de depósitos dos emigrantes manteve tendência decrescente iniciada em junho de 2024. Após se situar naquele período em 189,1 milhões de euros, fixou-se, em finais de junho de 2025, nos 149,0 milhões de euros, o que corresponde a uma redução homóloga de 21,2% e uma diminuição trimestral de 4,2%.

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