Iniciaram-se, esta tarde, os trabalhos de desobstrução da câmara de carga do emissário responsável pela descarga de águas residuais na Atalaia, numa operação de grande complexidade por via marítima. Segundo informa a Câmara Municipal de Santa Cruz, os técnicos estão no local com a ajuda do SANAS que faz o transporte de equipamento volumoso, potente e pesado para proceder à desobstrução por via marítima, “já que não é possível o transporte terrestre pelo túnel de acesso com cerca de 500 metros de comprimento”.
A autarquia reafirma que “esta é uma situação que ocorre em toda a ilha e que resulta de sistemas de gradagem antigos e obsoletos que carecem de substituição e cuja entrega aos municípios, por parte do Governo Regional, que no caso do Município de Santa Cruz não está completamente consolidada”.
“A propósito, refira-se que há cerca de um mês e meio, o Município de Santa Cruz no seguimento de uma reunião presencial, pediu, por escrito, esclarecimentos à Secretaria Regional do Ambiente, Turismo e Cultura sobre a entrega parcial da Estação de Tratamento do Portinho, bem como sobre as condições da transferência da titularidade da infraestrutura em questão como condição essencial para o planeamento e execução do investimento que aquela estrutura carece urgentemente. Até agora não obtivemos resposta”.
A autarquia adita ainda que “existe um estudo prévio que aponta para um investimento necessário e urgente que ascende aos 2 milhões de euros. Sabemos que em Municípios como o Funchal e Câmara de Lobos, no âmbito de candidaturas a fundos comunitários, o Governo Regional tem assumindo a comparticipação municipal”, lê-se na nota de imprensa, que realça que “o tratamento relativo à Câmara de Santa Cruz é nem responder à entrega parcial, nem ajudar em caso de constrangimentos”.