Um antigo combatente madeirense no Ultramar chegou esta semana à redação do JM, onde foi entrevistado, carregado de memórias. Na ponta da língua, trouxe os relatos das mudanças de uma vida que virou da ponta da cabeça na sequência da guerra. Na mão, transportava um saco verde com um álbum de fotografias tiradas em Moçambique e, no braço, uma tatuagem feita na época, que não deixa esquecer o que lá viveu.
Antes sequer de começar a descortinar as histórias, deixou-nos contemplar, página a página, o ‘caderno’ intitulado ‘Retratos de Memórias’, explicando o significado de cada uma das fotos, entre as quais várias com os camaradas, em momentos de descanso, outras sozinho e outras com as amizades que fez na altura. Arregaçou a manga, e exibiu o símbolo impresso na pele, cuja tinta foi ficando desbotada com o tempo, com ‘Moçambique’ escrita, bem como a data em que iniciou aquela nova jornada.
Foi precisamente a 6 de agosto de 1970 que o madeirense, natural da freguesia de Santana, atravessou o oceano para combater, em nome da Pátria. Tinha apenas 20 anos. Mas errado seria dizer que teria embarcado numa viagem ‘às cegas’. Antes disso, já possuía conhecimento das experiências de outros homens que viram as suas vida mudar de forma trágica.
Leia mais sobre esta história na rubrica ‘Antes e Depois’ da edição impressa de hoje.