I Liga 2025/26: FC Porto e Braga batem recordes, Sporting comedido sem Gyökeres

Viktor Gyökeres foi o melhor marcador da I Liga nas últimas duas épocas.

FC Porto e Sporting de Braga já bateram recordes de investimento na contratação de futebolistas a um mês do fim da janela de transferências de verão, contrariando a pouca atividade do bicampeão Sporting, diminuído sem Viktor Gyökeres.

Quase quatro semanas depois de o presidente ‘azul e branco’ André Villas-Boas ter perspetivado o maior mercado de sempre dos ‘dragões’, que não conquistam o título da I Liga desde 2021/22, o recém-chegado treinador italiano Francesco Farioli recebeu oito reforços, que custaram 88,6 milhões de euros (ME), num total de 105,6 ME libertados.

O dinamarquês Victor Froholdt (ex-Copenhaga, 20 ME) e o espanhol Gabri Veiga (ex-Al Ahli, 15 ME) chegaram para o meio-campo e acompanham o lateral direito Alberto Costa (ex-Juventus, 15 ME) e o extremo esquerdo Borja Sainz (ex-Norwich, 13,3 ME) entre os negócios mais caros, seguidos por dois defesas centrais, nomeadamente o polaco Jan Bednarek (ex- Southampton, 7,5 ME) e o croata Dominik Prpic (ex-Hajduk Split, 4,5 ME).

Emprestado ao FC Porto na última época, o também central argentino Nehuén Pérez (ex-Udinese) foi adquirido em definitivo por 13,3 ME, enquanto o avançado neerlandês Luuk de Jong (ex-PSV Eindhoven) e o guarda-redes João Costa (ex-Estrela da Amadora) não tiveram custos para os ‘dragões’, que não gastavam tanto dinheiro no verão desde os 63,25 ME despendidos em 2019/20 e tinham como recorde de vendas numa só época os 68,71 ME investidos em 2024/25, a primeira campanha completa com André Villas-Boas.

Do novo recorde do FC Porto, descontando valores por eventuais objetivos concretizados, constam ainda os 17 ME pagos ao Atlético de Madrid por metade do passe do ponta de lança espanhol Samu, reforço mais caro de sempre em Portugal, com um custo global de 32 ME.

O Sporting de Braga tem sido outro dos principais agitadores do mercado nacional, com 28,57 ME gastos e maioritariamente associados às vindas do avançado espanhol Pau Victor (ex-FC Barcelona, 12 ME) e do médio costa-marfinense Mario Dorgeles (ex-Nordsjaelland, 11 ME), nas duas movimentações mais dispendiosas da história do clube.

Gustaf Lagerbielke (ex-Celtic, 2,57 ME), Alaa Bellaarouch (ex-Estrasburgo, 300 mil euros) e Leonardo Lelo (ex-Casa Pia) são outras novidades da equipa treinada pelo espanhol Carlos Vicens, na qual se manteve Fran Navarro (ex-FC Porto, 2,7 ME) e juntou Gabriel Moscardo, cedido pelo tetracampeão francês e campeão europeu Paris Saint-Germain.

Se o Sporting de Braga subiu o recorde de despesa pela terceira campanha seguida, após 19,05 ME em 2023/24 e 22,13 ME em 2024/25, o Benfica libertou 78,8 ME, abaixo da fasquia de 2020/21, com máximos por temporada, de 115 ME, e por verão, de 108,5 ME.

O médio colombiano Richard Ríos (ex-Palmeiras, 27 ME) e o avançado croata Franjo Ivanovic (ex-Union Saint-Gilloise, 22,8 ME) lideraram o investimento das ‘águias’, que trouxeram por empréstimo o médio argentino Enzo Barrenechea (ex-Aston Villa, três ME).

Chegaram ainda ao conjunto de Bruno Lage um defesa direito, o bósnio Amar Dedic (ex-Salzburgo, 12 ME), e dois esquerdos – o sueco Samuel Dahl (ex-Roma, nove ME), com opção de compra exercida, e o espanhol Rafael Obrador (ex-Real Madrid, cinco ME).

Menos dispendioso tem sido o Sporting, no qual ingressaram o médio georgiano Giorgi Kochorashvili (ex-Levante, 5,5 ME) e o extremo brasileiro Alisson Santos (ex-Vitória, 2,1 ME), estando as aquisições do lateral direito grego Georgios Vagiannidis ao Panathinaikos e do defesa esquerdo Ricardo Mangas ao Spartak Moscovo prestes a serem oficializadas.

Rui Silva (ex-Betis, 4,7 ME), após meio ano de cedência, e João Virgínia (ex-Everton), de regresso a Alvalade, ocupam a baliza dos ‘leões’, cuja maior fatia dos 34,5 ME gastos – atrás do seu recorde de 64,45 ME em 2023/24 – recaiu em Luis Suárez (ex-Almería, 22,2 ME).

O ponta de lança colombiano chegou para ocupar a vaga do sueco Viktor Gyökeres, melhor marcador da I Liga nas últimas duas épocas, que proporcionou a venda mais alta de sempre do Sporting, ao sair para o Arsenal por 65,8 ME, mais 10,3 ME em objetivos, na sequência de negociações prolongadas entre os ‘leões’ e os vice-campeões ingleses.

O Sporting passou pela quinta vez os três dígitos em receitas com transações na mesma época, ao somar 104,57 ME, acima dos 74,52 ME do FC Porto, que captou 32 ME com a venda definitiva de Francisco Conceição à Juventus – novo clube de João Mário, por 12,6 ME -, negociando também Otávio Ataíde (Paris FC, 17 ME) e Gonçalo Borges (Feyenoord, 10 ME).

Álvaro Carreras (Real Madrid, 50 ME), Orkun Kökçü (Besiktas), emprestado com cláusula de compra obrigatória de 25 ME, Ángel Di Maria (Rosário Central) e Arthur Cabral (Botafogo, 12 ME) foram as principais saídas no Benfica, que registou 72,5 ME, contra 9,65 ME do Sporting de Braga, encabeçados por Roberto Fernández (Espanyol, 6,5 ME).

Os 263,94 ME investidos até ao momento pelos 18 clubes já fizeram deste o verão com maior gastos acumulados na história da I Liga e tornaram a temporada 2025/26 na terceira mais dispendiosa, pouco atrás dos 274,92 ME de 2024/25 e dos 271,83 ME de 2023/24, sendo que a janela para inscrições só encerrará em 01 de setembro.

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