Astrónomos testam uso de telescópios como sensores climáticos

Astrónomos estão a testar o uso de telescópios terrestres como sensores climáticos, para rastrear as alterações produzidas na atmosfera da Terra pelo aquecimento global.

Uma equipa da Universidade de Warwick, no Reino Unido, criou um algoritmo que procura aproveitar as linhas de absorção deixadas pelas moléculas da atmosfera terrestre nos espetros das estrelas para medir a abundância de gases com efeito de estufa durante a noite, como o dióxido de carbono e o metano, e vapor de água.

Em julho foi feita uma campanha de observação no Observatório Astronómico de Calar Alto, em Almería, Espanha, combinando medições diurnas (espetro do Sol) e noturnas (espetro de outras estrelas) para estudar o ciclo do carbono, o papel dos gases com efeito de estufa no contexto do aquecimento global e o reforço dos sistemas de observação destes gases.

Os espetros diurnos foram medidos com um espetrómetro portátil da Rede Colaborativa de Observação da Coluna de Carbono, enquanto os espetros noturnos foram analisados com o algoritmo a partir de dados de um espetrómetro instalado num dos telescópios do observatório de Almería.

O espetrómetro portátil pode obter concentrações calibradas de gases com efeitos de estufa consistentes com os padrões da literatura, pelo que está a ser usado para calibrar as concentrações medidas com o algoritmo.

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