O governo central vai dando sinais de alguma flexibilidade. Já ouve o Chega! Quem diria?! É a necessidade, não é? Ou era assim ou sopas… Se a primeira coisa foi travar a emigração, agora virou-se para os subsídios e regalias! Calma, a ideia não é fechar as portas. Quem vier por bem, pode continuar a entrar à vontade. Mas não à vontadinha. Será, para isso, revista a lei da nacionalidade, alargando o tempo mínimo de residência e a presença efetiva em território nacional. Isto para além de, por exemplo, adoptar critérios de progresso no domínio da língua portuguesa.
Mas, nestas coisas, há sempre quem esteja a favor e quem esteja contra. Mais, há até quem nem esteja a favor nem contra, antes pelo contrário… Já eu, estou a adorar! Os que vivem no mesmo prédio que eu, já vão sabendo dizer olá. Quase que arranham um “bom dia”. Boa. Uns até já aprenderam a fechar a porta e a levar o lixo à rua. Modéstia à parte, também tiveram um bom professor… Não é para me gabar, mas muitas vezes parei tudo o que estava a fazer para lhes dar lições. Sinto que, aos poucos, chegam lá. E se não chegarem a bem, eu ajudo. Estou aqui para isso. Para os integrar no condomínio.
Mas o que mais me fascinou foram as propostas no que diz respeito à amamentação. As medidas foram tão boas que a Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto (palavra de honra que existe), veio logo morder os mamilos e dizer que representam um “retrocesso evidente” nos direitos das famílias. A APDMGP referiu que o executivo propõe que seja obrigatória a apresentação de atestado médico logo no início da dispensa por amamentação, renovável a cada seis meses (legislação atual só prevê a prova a partir do primeiro ano do bebé) e fixado um prazo-limite de dois anos para o direito a esta dispensa (limitação não existente atualmente). E não é para menos! Onde é que já se viu? Só 2 anos? Conheço muitos que ainda mamam e já namoram. E essa história de ser preciso um atestado médico (seja aos seis meses ou depois dos primeiros 12) é outra aberração! Como vão os pediatras verificar a veracidade dos depoimentos das mães?! Vão passar a mandar medir o bebé e a despir a progenitora? É que era só mesmo o que faltava. O José Luís, sem isso, já chega a casa muitas vezes depois da hora da ceia. Imagino a ter que tirar leite e preencher mais papelada…. Ia chegar quando? Com o pão quente para o pequeno-almoço, não?
E, para piorar, daqui a dias eram os pais das criancinhas igualmente a pedir redução de horário, não? Também queriam maminha… Parece que os estou a ver a chegar perto do patrão e: “se não se importa, assim que a minha mulher vier, vou tirar aquela meia horinha para lanchar”. “Claro que sim. Não te esqueças das bolachinhas”, não? Mas pronto. Isso ainda vá que não vá. O pior seria depois…. É que, tanto quanto sei, estas benesses só estão disponíveis para quem bebe leite dos pacotes. Então e os que preferem meter a garrafa à boca?! Não são filhos de Deus?! São pois. Vejam, por favor, se revêem o diploma. Caso contrário vamos todos para a rua gritar: “isto não se concebe. Da garrafa também se bebe” ou, se a coisa azedar: “queremos um regalo. Engolimos o gargalo”. Na pior das hipóteses: “vamos, vamos, vamos. Antes de beber nós agitamos”. Vá. Parou. À conta destas e de outras, um menino mimado muito fino e abastado cumprimentou-me contrariado. Estendeu-me a mão morta a custo e a olhar para o lado. Safado.
Por falar em safardanas, então não é que o nosso Presidente me deixou derretido por estes dias? Juro. O mesmo que em 2023 dizia que “o AL na Madeira está a correr de uma forma sensacional”, reforçando que se tratava do ‘ganha-pão’ de muitos investidores locais: “as pessoas estão a ganhar dinheiro como nunca ganharam no alojamento local”, agora veio afirmar que “as câmaras têm de tomar decisões. Por exemplo, acho que, neste momento, no Funchal, era fundamental suspender o alojamento local em prédios de habitação coletiva”. Lindo, lindo, lindo. Quem quiser AL, que o faça em habitações unifamiliares. Ou então compre o prédio todo, vá. E não vale ser um da Cortel. Simples assim, não é? Obrigado, Dr. Miguel. Mil vezes obrigado. Eu sabia. Eu sabia que você tinha potencial. Poucos acreditavam, eu sei, mas aqui está a prova. Deus é grande. Mais vale tarde que nunca. Aleluia! Aleluia. Aleluia… Mas espere. Será que os Secretários e deputados estão todos de acordo? Não vão perder, também eles, (um)a maminha? Olhe, eles que tenham paciência, respirem fundo e descansem os queixos um bocadinho…