Perto de 1.600 operacionais, apoiados por mais de 400 veículos, foram mobilizados até às 17:30 de hoje para combater 80 incêndios rurais em Portugal continental, anunciou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Entre as ocorrências registadas, 26 tiveram início durante o período noturno, entre as 20:00 de sábado e as 07:00 de hoje, refere a ANEPC, em comunicado.
O incêndio que começou no sábado em São Cibrão, no concelho de Vila Real, e se estendeu a Sabrosa, era o que mobilizava mais meios, estando a ser combatido por 309 operacionais e 103 veículos.
Já o incêndio que lavra desde sábado no concelho de Celorico de Basto, distrito de Braga, mobilizava 200 operacionais e 61 veículos.
O terceiro fogo que mais meios mobilizava é o que começou pelas 23:34 de sábado na zona de Sirarelhos e evolui para a zona de Gontães e Vila Cova, no distrito de Vila Real, que estava a ser combatido por 173 operacionais e 54 veículos.
A proteção civil refere também que o incêndio em Lindoso, no concelho de Ponte da Barca (distrito Viana do Castelo), entrou em fase de resolução, pelas 10:45, mas que continua a ser vigiado por 443 operacionais, apoiados por 143 veículos.
Entretanto, os concelhos de Ponte da Barca (Viana do Castelo), Castelo de Paiva (Aveiro), Arouca (Aveiro), Penamacor (Castelo Branco) e Idanha-a-Nova (Castelo Branco) ativaram os seus planos municipais de Emergência e Proteção Civil.
Portugal continental entrou hoje em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias, anunciou no sábado a ministra da Administração Interna.
“Face ao agravamento das previsões meteorológicas que apontam um risco significativo de incêndio rural, o Governo decidiu declarar situação de alerta em todo o território continental”, anunciou Maria Lúcia Amaral, numa declaração ao país, sem direito a perguntas.
Esta situação de alerta mantém-se em vigor até às 23:59 de 07 de agosto, abrangendo todo o território continental, “com objetivo de reduzir o risco de ignições e reforçar a capacidade de resposta”.
Durante este período, estão proibidos o acesso a áreas florestais definidas nos planos municipais, a realização de queimadas e queimas, o uso de maquinaria em espaços rurais e florestais e o lançamento de fogo-de-artifício, independentemente de licenças.
“A ANEPC apela à colaboração da população no cumprimento das medidas em vigor e sublinha que a prevenção e o comportamento responsável são essenciais para evitar ignições e garantir a segurança de todos”, apela a proteção civil.