Ucrânia: Trump afirma que ultimato à Rússia expira em dez dias

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump advertiu hoje que o seu ultimato ao homólogo russo, Vladimir Putin, para pôr fim à guerra na Ucrânia vai expirar dentro de dez dias.

No regresso da Escócia, Trump disse aos jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One, que o prazo dado a Moscovo na segunda-feira era de “dez dias a partir de hoje”, sob pena dos Estados Unidos imporem sanções à Rússia.

Trump sublinhou que não tinha recebido qualquer notícia de Putin desde então, acrescentando que era “uma pena”.

“Vamos impor tarifas e outras coisas”, disse, não sem antes observar que não sabia “se isso vai afetar a Rússia, porque obviamente ele [Vladimir Putin] quer que a guerra continue”.

Poucas horas depois do ultimato de Trump, a Rússia realizou um ataque que causou 27 mortos civis, na noite de segunda-feira.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou já o ataque que visou também uma prisão em Zaporijia e sublinhou, na rede social X, que apesar da “declaração muito necessária do Presidente Trump”, os ataques prosseguem.

“Cada ataque russo, em resposta aos apelos do mundo para parar a guerra, só prova uma coisa: a pressão é necessária”, adiantou.

As bombas mataram pelo menos 16 reclusos e feriram mais de 90, disse o Ministério da Justiça da Ucrânia.

“Não é possível que os russos não soubessem que estavam a atacar civis nessas instalações”, escreveu Zelenski, numa publicação anterior no X.

Um balanço anterior do ataque dava conta da morte de 16 pessoas.

O Kremlin negou, através do porta-voz Dmitri Peskov, que estivesse a “atingir civis”, afirmando que o exército russo estava apenas a realizar bombardeamentos “sobre infraestruturas militares ou infraestruturas ligadas ao exército”.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, na sequência da desagregação da antiga União Soviética.

Kiev tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

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