O Reino Unido vai reconhecer o Estado da Palestina em setembro, se Israel não cumprir uma série de condições, nomeadamente acabar com a “situação catastrófica em Gaza”, anunciou hoje o primeiro-ministro britânico.
Decretar um cessar-fogo no enclave palestiniano e garantir que não vai anexar a Cisjordânia são outras das condições mencionadas por Keir Starmer, que convocou uma reunião de emergência do Conselho de Ministros para abordar a situação em Gaza.
O primeiro-ministro britânico exigiu também que Israel se comprometa com um processo de paz de longo prazo que alcance uma solução de dois Estados, Israel e Palestina, de acordo com um comunicado divulgado por Downing Street.
Na semana passada, o Presidente francês, Emmanuel Macron, avançou que vai anunciar, em setembro, durante a Assembleia-geral da ONU, o reconhecimento do Estado da Palestina.
Caso se concretize a intenção do executivo britânico, o Reino Unido será o segundo país do G7 (grupo das sete maiores economias mundiais), a reconhecer o Estado palestiniano em setembro.
A par de França, o Reino Unido também integra o grupo dos cinco membros (China, Rússia e Estados Unidos) permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Até ao momento, pelo menos 142 dos 193 países-membros da ONU reconhecem o Estado palestiniano, segundo dados da agência noticiosa francesa AFP.
Na Europa, cinco países reconhecem o Estado palestiniano: Espanha, Irlanda, Eslovénia, Noruega e Suécia.