Rubina Leal valoriza papel da diáspora na receção aos conselheiros

A presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Rubina Leal, reuniu-se com os conselheiros da diáspora madeirense, num encontro marcado pela proximidade, partilha de preocupações e reforço dos laços com as comunidades madeirenses espalhadas pelo mundo.

Esta iniciativa teve como principal objetivo aproximar o Parlamento madeirense da diáspora — um universo vital para o desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira, que se estima representar cerca de 1 milhão de madeirenses a residir fora do território regional.

Neste sentido, a Presidente do Parlamento madeirense endereçou desde logo o convite aos conselheiros da diáspora para integrarem as comemorações dos 50 anos da Autonomia, a se realizarem no ano de 2026, uma vez que os emigrantes têm sido decisivos para o processo autonómico, com um papel relevante ao longo deste meio século.

Durante a reunião, Rubina Leal destacou a necessidade de a Assembleia Legislativa da Madeira refletir esta realidade, propondo a criação de um círculo eleitoral próprio para a emigração madeirense. Uma medida que visa garantir uma representação política efetiva da diáspora, reconhecendo o seu papel fundamental no progresso da Madeira.

“A Madeira é muito maior fora do que dentro. A nossa diáspora é composta por verdadeiros embaixadores da Região que mantêm vivas tradições e que contribuem ativamente para a nossa economia, seja através de investimento direto ou das remessas enviadas em momentos de crise. A Constituição, por vezes apontada como motivo para não se avançar com esta medida, não pode ser um entrave à democracia, nem à representatividade do povo madeirense. A Constituição não pode atrapalhar o funcionamento da Autonomia. A Democracia não funciona na plenitude quando não permite a manifestação da vontade dos eleitores, através do voto, na eleição dos órgãos de governo próprio da sua Região”, afirmou Rubina Leal.

A presidente da Assembleia Legislativa sublinhou ainda que, à semelhança do que já acontece na Assembleia da República — que contempla círculos eleitorais para a Europa e para fora da Europa —, a Madeira deve também assegurar esse direito democrático aos seus emigrantes.

No encontro, Rubina Leal deu ainda a conhecer o funcionamento da Assembleia Legislativa da Madeira e promoveu o debate sobre temas relevantes para as comunidades madeirenses, como a facilidade de aceder ao voto nas eleições legislativas nacionais e a necessidade de melhorar as ligações aéreas com as principais comunidades madeirenses no estrangeiro, questões acolhidas e que registaram a participação dos conselheiros, que deram a conhecer as diversas realidades da diáspora.

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