A Confiança lamentou, hoje, que, a pouco mais de 60 dias do final do mandato, a atual presidente da Câmara Municipal do Funchal “tente desesperadamente, branquear as suas responsabilidades no escândalo da transformação de habitação cooperativa a custos controlados em Alojamento Local, uma situação que evidencia a incompetência, a sua proximidade aos interesses económicos e o gritante desprezo pelo superior interesse dos funchalenses”.
Numa nota emitida há instantes, a Confiança critica a reação “tardia e forçada revela um executivo que, durante todo o mandato, preferiu o silêncio cúmplice à fiscalização responsável”, feita esta tarde, por Cristina Pedra.
“A presidente da Câmara, numa tentativa de ilibar-se, foi ainda mais longe ao afirmar publicamente que ‘será necessário averiguar se houve documentos forjados’, uma acusação gravíssima dirigida aos proprietários das fracções em causa”, diz.
“Caso essa suspeita não venha a ser confirmada, a responsabilidade política por essas declarações caluniosas terá de ser assumida pela própria autarca e por quem, no seio da edilidade, lhe prestou tal informação sem prova. A leviandade com que se lançam suspeições públicas diz muito sobre a forma como o actual executivo trata a verdade e os direitos dos cidadãos”, acrescenta.
“Cristina Pedra foi conivente com esta situação, recusou agir quando podia e devia, e tenta agora apagar os rastos de uma gestão marcada pela propaganda e pela submissão a interesses privados. A autarquia não pode continuar a ser gerida com base em reações tardias, tentativas de desresponsabilização e declarações irresponsáveis”, considera.