BE: Cooperativas devem ser obrigadas a vender apenas para habitação própria e para residentes

O Bloco de Esquerda, em nota de imprensa, mostra-se preocupado com a crise da habitação na Madeira, agravada por casos de apartamentos adquiridos em cooperativa, mais acessível, em que estão arrendados atualmente por 1.200 euros, como denunciou em março. “. Hoje há um novo patamar nesse escândalo que é termos alojamento local nesse mesmo prédio”.

Em causa, os apartamentos ‘Residências CORTEL’, que estarão a ser usados para AL.

Em nota de imprensa, Dina Letra recorda que “em março deste ano, durante a campanha para as regionais, o Bloco de Esquerda denunciou precisamente o escândalo que estava a acontecer num prédio recentemente inaugurado para habitação acessível por parte de uma cooperativa de habitação. Tinham apartamentos no mercado de arrendamento a 1.200 euros”. Agora com o AL, “é a subversão total do princípio das cooperativas de habitação, e tem de haver responsabilidades a apurar”.

O BE defende que “é urgente criar regras para o mercado. Uma cooperativa de habitação que tem apoios do Governo e das Câmaras para os seus projetos só pode vender para habitação própria e para residentes na Madeira. Só assim se consegue dar passos para a resolução da grave crise da habitação na Madeira”.

“O Bloco de Esquerda está também preocupado com o recente anúncio de Miguel Albuquerque de retirar terrenos que estavam destinados à construção de habitação pública pelo Instituto da Habitação da Madeira para entregá-los às cooperativas. Há um enorme déficit de construção de habitação pública na Madeira, temos milhares de famílias inscritas no IHM e na Sociohabitafunchal, que aguardam há anos por respostas.

Não podemos permitir este claro negócio que está à vista de todos. O Governo Regional está a favorecer o negócio da habitação, não está a trabalhar para resolvê-lo. É culpado por nada fazer e por só estar a agravar a emergência social em que se tornou o problema da habitação na Madeira.

Ao contrário do que diz Miguel Albuquerque, o preço exorbitante e de luxo da habitação não é fruto do bom momento económico da Região, mas sim de más políticas que não defendem o direito dos madeirenses a uma casa para viver”, remata.

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