Bernardo Martins, que tal como o JM anunciou foi o vencedor da quinta edição do prémio Emanuel Rodrigues, da Assembleia Legislativa da Madeira, recebeu esta tarde o galardão.
Depois das palavras do presidente do júri, João Carlos Abreu, que considerou que a atribuição do prémio a Bernardo Martins, foi de inteira justiça, o próprio distinguido reconheceu a importância do mesmo.
Começou por afirmar que quando o Prémio Emanuel Rodrigues foi instituído, considerou que foi “justo para valorizar a autonomia da Madeira”. Isto estando longe de imaginar que iria integrar a lista de distinguidos. A seu ver, o prémio em questão significa “elevar os valores da Madeira e do Porto Santo”.
Bernardo Martins entende que o projeto representa e “exige permanente reivindicação e empenhamento comum sobre os valores do 25 de abril e da autonomia”.
O estudioso elencou cinco razões por se sentir reconhecido pelo premio agora conquistado”. A primeira por ser atribuída pela Assembleia da Madeira”, onde foi deputado durante vários anos.
Sentiu-se “engrandecido pelo facto de ser entregue pela primeira vez por uma mulher em 49 anos de autonomia a presidir o parlamento, recordando, a propósito, que Rubina Leal foi a autora e primeira proponente da proposta da atribuição da distinção em causa.
O premiado manifestou-se também satisfeito por este tributo ser de um júri, que além de ser composto por “reconhecidos intérpretes da autonomia, são notáveis militantes da causa autonómica”.
Expressou sentir-se orgulhoso “por ter o nome de Emanuel Rodrigues, meu conterrâneo e vizinho, deputado constituinte que possibilitou vir a ser o primeiro presidente” do parlamento madeirense.
Declarou-se “feliz” por um ato que, segundo ele, significa o “reconhecimento público fora do contexto politico partidário”, mas sim pelos seus estudos no mestrado e doutoramento sobre 25 de abril e autonomia.
Dedicou o prémio ao povo da Madeira e Porto Santo, “que lutou e continua a lutar pela liberdade democrática e autonomia”, numa dedicatória que alargou a Machico, um motor da autonomia, à Universidade da Madeira, amigos e familiares, com uma palavra emocionada ao irmão, Martins Júnior, falecido recentemente.
A finalizar, Bernardo Martins fez votos para que o parlamento continue “a ser um efetivo instrumento de liberdade, justiça e progresso para todos”, reconhecendo que o prémio Emanuel Rodrigues traz consigo uma “enorme responsabilidade e dever de honrar” o primeiro presidente da Assembleia madeirense.