O presidente do Governo Regional diz que os territórios autónomos têm que ter uma grande amplitude de capacidade legislativa para poderem democraticamente governarem. Isso obriga a que os resquícios e as decisões centralistas que têm sido tomadas, ao longo dos anos, pelo Tribunal Constitucional, sejam ultrapassadas. Palavras de Miguel Albuquerque e que são de reforço, esta tarde, ao que disse ontem na festa do PSD, no Chão da Lagoa.
Albuquerque afirma que é preciso alargar poderes legislativos das assembleias das ilhas. E diz que não faz sentido a Região não ter intervenções nos espaços aéreo e marítimo. Reforçando a importância da extinção do cargo de representante da República, o chefe do Executivo apontou a importância de se acabar com os resquícios do colonialismo e evoluir para uma Constituição moderna. Albuquerque considerou mesmo que a Autonomia, neste momento, “é um excelente negócio para a República.” O presidente do Governo diz que a República não assume os seus custos nem sequer o exercício de soberania dos seus territórios. Neste momento, “ já temos uma dívida de 67 milhões de euros em que os contribuintes da Madeira estão a pagar. Os medicamentos e tratamento médicos dos membros da GNR, da PSP e das Forças Armadas” disse à margem da inauguração de um AL numa antiga quinta no Til e que foi recuperada faseadamente pelo empresário Júlio Sousa. Cheio de “promessas e sorrisos”, Albuquerque afirma que é preciso aproveitar o primeiro impulso da Revisão Constitucional e apresentar um projeto que vá para uma mudança rápida da Lei das Finanças Regionais.