Filipe Sousa: “O Estado central olha para as regiões como um fardo, com desconfiança”

“O Estado central olha para as regiões como um fardo, com desconfiança”, reafirmou Filipe Sousa.

Filipe Sousa, a falar na conferência organizada pelo JPP sobre ‘Autonomia e Revisão Constitucional’, entende que as regiões autónomas ainda são vistas como “um fardo” pelo país e pelos governantes.

O deputado do JPP no parlamento nacional exemplificou com “o silêncio” que sentiu na discussão em São Bento sobre o estado da Nação, relativamente as regiões autónomas e ainda com a vinda de um candidato à presidência da República que considerou desnecessária uma ligação marítima entre a Madeira e o Continente.

A nova esquadra de Santa Cruz foi outro exemplo da “inércia” do Estado, já que foi defendida durante vários anos pela Câmara municipal.

“O Estado central olha para as regiões como um fardo, com desconfiança”, reafirmou Filipe Sousa.

Manifestou-se triste pela postura dos deputados eleitos pela Madeira sobre a mobilidade aérea, comentando que a plataforma que está a ser pensada para o subsídio de mobilidade “não serve”.

O deputado madeirense disse que é urgente rever a lei de finanças regionais, até para que não seja preciso uma autorização de Lisboa para documentos.

Filipe Sousa afirmou ainda que “autonomia tutelada não é uma verdadeira autonomia”, numa referência ao cargo de representante da República.

“Não somos prisioneiros na nossa ilha, exigimos respeito até pela própria constituição e autonomia, para ter poder para decidir, não termos de esperar meses por autorizações”, reforçou.

“A revisão constitucional vem aí e tem de ser uma oportunidade para acabar com este preconceito”, defendeu.

“As regiões autónomas não pedem favores, meios e liberdade para construírem o seu próprio futuro”.

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