O grupo parlamentar do Chega na Assembleia da República expressou “estranheza e desconforto” perante a alteração da designação do Ministério da Agricultura e Pescas para Ministério da Agricultura e Mar. Segundo o partido, esta mudança, aparentemente superficial, não é apenas uma questão de nomenclatura, mas uma “desconsideração” pelo setor das pescas, pelos seus profissionais e pelas comunidades que dele dependem.
Para os deputados do Chega, ao eliminar a palavra ‘pescas’ da designação ministerial, o governo da República transmite uma mensagem de desvalorização estrutural de uma área que, a seu ver, não é só essencial à soberania alimentar e à economia costeira, mas também parte da identidade marítima de todo o país, incluindo as regiões autónomas.
Além disso, segundo o partido, a alteração ignora a atenção própria que tem de ser dada, do ponto de vista político, aos desafios próprios da pesca e dos milhares de famílias que dela dependem diretamente.
“Substituir ‘Pescas’ por ‘Mar’ é diluir responsabilidades e transformar compromissos em intenções vagas. Esta decisão não é neutra, mas sim ofensiva para os que vivem do mar e com o mar. O Chega não admite que os pescadores sejam menosprezados e atirados para segundo plano”, sublinhou Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República.
O grupo parlamentar do Chega também alerta que continuará a fiscalizar de forma firme e determinada todas as políticas que afetem negativamente o setor das pescas e exigirá que este volte a ter o destaque e a dignidade que merece.
“O setor das pescas exige respeito, investimento e atenção. O governo que mude de nome se quiser, mas os nossos pescadores ficam onde sempre estiveram – no centro da luta do Chega pelo setor primário”, rematou o deputado eleito pelo Chega Madeira.