PSD condena ISAL por se recusar a prestar esclarecimentos

Valter Correia foi o segundo orador do dia no plenário madeirense nesta quinta-feira, também ele versando o ensino, mas no seu caso direcionando atenções para a não acreditação do ISAL, estabelecimento de cariz privado, e tudo aquilo que se seguiu, com particular destaque para a falta de disponibilidade da diretora e vice-diretora em prestar esclarecimentos perante a 6.ª comissão especializada da ALRAM.

O deputado do PSD diz que em causa “estão 250 alunos e a incerteza que se abateu sobre o seu futuro académico”.Disse, então, que foi solicitada essa audição ao ISAL, mas “a diretora e a vice-diretora recusaram-se a prestar esclarecimentos, escudando-se, primeiro, no facto de que estaria a decorrer um providencia cautelar no tribunal de Lisboa”.

Depois, perante novo requerimento, “motivado pelas legítimas preocupações de pais e alunos, recebemos da diretora a informação que se encontrava de férias. Mais, incompreensível, na mesma resposta, foi dito que quem representava o ISAL era a sua diretora, justificando a falta de oportunidade para a vice-diretora prestar esses esclarecimentos”.

Valter Correia diz que o grupo parlamentar do PSD manifesta o seu “repúdio pela falta de oportunidade e resistência em esclarecer”, após aquela decisão de não acreditação – conhecida a 27 de outubro de 2024 –, que o social democrata lamenta, ainda, ter sido conhecido pelos alunos e encarregados de educação apenas através da comunicação social, quando, de acordo como Valter Correia, o ISAL sabia dessa decisão “desde 11 de julhos de 2024”.

Lembrando que a vice-diretora “é deputada nesta casa, Sancha Campanella”, mais incrédulo se mostra Valter Correia, pois aqui “sempre defende o diálogo e a transparência”.

Ademais, “todos sabemos que o rosto visível do ISAL na Madeira sempre foi a sua vice-diretora”. Inclusive, “ainda esta semana prestou declarações ao DN nessa qualidade, mas para aqui vir esclarecer pais e alunos não está disponível”.

“Quando tudo era bom, já sabíamos quem aparecia, agora esconde-se”, acrescentou, posteriormente, Jaime Filipe Ramos, referindo que “o PSD não tem culpa que a vice-diretora seja deputada nesta casa. Esse é um problema do Partido Socialista, nós só queremos saber a verdade”.

Isabel Garcês chegou-se à frente pela bancada socialista, acusando o “grupo parlamentar do PSD de estar a instrumentalizar os alunos e o seus pais do ISAL” e também de estar “a criar um circo atroz em redor da deputada Sancha Campanella”, lembrando ainda que “estamos a falar de uma instituição que não recebe um tostão do Governo da República, nem um tostão do Governo Regional” e que o PSD “deveria se preocupar, sim, com a Universidade da Madeira”.

Sancha Campanella, que está presente na sessão plenário, mas não fez qualquer menção de intervir.

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