A Associação de Ciclismo da Madeira (ACM) reagiu hoje à polémica em torno do resultado final da 50.ª Volta à Madeira em Bicicleta, noticiada pelo JM, prometendo “imparcialidade”, “transparência” e “apuramento da verdade desportiva”. Em causa está a contestação apresentada pelo Marítimo à vitória de João Jacinto (Nacional), alegando que o seu atleta Bruno Maceiras cruzou a meta apenas 48 centésimos atrás do rival — e não dois segundos, como foi registado oficialmente. Reclama, por isso, que Maceiras deveria ter sido o vencedor.
“Procuramos que todos os procedimentos de verificação e apuramento de resultados sejam conduzidos de forma rigorosa e isenta, sem favorecimentos ou ingerências externas”, garantiu a direção da ACM, em comunicado divulgado ao início da tarde. A entidade reforça que “cada decisão tomada baseia-se exclusivamente na decisão do Colégio de Comissários deste evento”.
A associação defende que a Volta à Madeira “celebra, desde há meio século, a união de atletas, clubes e aficionados em torno dos valores de camaradagem, esforço e superação”, acrescentando que “esta edição emblemática não poderá ficar manchada com dúvidas ou ambiguidades, o que compromete o futuro deste evento”.
Assegura ainda que “encontram-se em curso análises complementares e diligências junto dos órgãos competentes, de modo a assegurar a transparência do processo e dos resultados”. A direção diz estar a trabalhar “arduamente” para que esse apuramento seja concluído “com a máxima celeridade e isenção”.
O comunicado termina com a garantia de que, logo que concluídas todas as averiguações, serão divulgadas publicamente as conclusões. “Reiteramos que o desporto só se engrandece pela clareza, pelo fair play e verdade desportiva”, refere a nota da direção da associação.
Como refere o JM na manchete da capa desportiva, a reclamação do Marítimo já foi formalizada junto da Federação Portuguesa de Ciclismo. O clube afirma dispor de provas que demonstram que a diferença entre Bruno Maceiras e João Jacinto foi inferior a um segundo, considerando que Maceiras deveria ter sido vencedor. A Associação de Ciclismo da Madeira optou primeiramente por não comentar diretamente a queixa, limitando-se ao esclarecimento agora publicado.