As jovens monitoras do Centro Comunitário “Musica@rte” em Santo Amaro estavam sob a supervisão de quatro adultos, garantiu hoje a SocioHabitaFunchal em comunicado publicado na sua página oficial na internet.
A empresa pública entendeu proceder a mais esclarecimentos sobre a polémica noticiada pelo Jornal, que deu conta de um episódio de maus-tratos protagonizado contra uma criança de oito anos, por “considerar que a informação que continua a ser veiculada até à data, não tem sido suficientemente clara e em alguns contextos, não tem correspondido à realidade”.
Eis o comunicado na íntegra:
“No âmbito das suas competências e missão, a SocioHabitaFunchal, E.M. desenvolve desde 2005, o Projeto “Férias Grandes” que visa a ocupação de crianças e jovens dos empreendimentos de Habitação Social do Município do Funchal, no período de interrupção letiva.
No presente ano de 2025, estão em curso 4 Campos de Férias (ATLs), devidamente certificados pela Direção Regional da Juventude, os quais cumprem com as medidas estabelecidas no Decreto Legislativo Regional n.º 6/2019/M de 5 de Agosto.
A equipa afeta a este Projeto (4 Campos de Férias – ATLs) é composta por 7 Técnicos Superiores, 7 Animadoras Socioculturais, 8 Monitores adultos e vários jovens ao abrigo de vários programas de Direção Regional da Juventude, cumprindo as regras/rácio do número de monitores para o némero de jovens.
Esclarecemos ainda que no ATL do Centro Comunitário “Musica@rte” em Santo Amaro, temos um grupo de 40 crianças, onde para além dos monitores ao abrigo do programa Jovem em formação, estão destacados 4 adultos. Desta forma, reiteramos o seguinte: no dia em que sucedeu a situação entre as jovens em formação e a criança de 8 anos no nosso Centro Comunitário “Musica@rte” em Santo Amaro e que tem sido alvo de notícia, encontravam-se no espaço físico, 4 adultos entre eles uma técnica (afeta aos quadros da SocioHabita), ou seja, as jovens em questão não estavam sozinhas, conforme afirmado e noticiado, estavam presentes 4 adultos, que lá estão destacados de forma permanente, tal como nos outros ATLs.
Mais informamos que após o sucedido, a SocioHabita deu conhecimento à DRJ – Direção Regional de Juventude, solicitando o cancelamento dos Programas, tendo retirado as duas jovens do local. Foi ainda promovida uma reunião de esclarecimento com todos os pais das crianças, sendo que os mesmos, aceitaram manter as mesmas no ATL, inclusive, a criança de 8 anos (lesada neste acontecimento).
O programa destes Campos de Férias inclui um vasto leque de atividades de educação, cidadania, artísticas, culturais, pedagógicas e recreativas, no sentido da promoção do desenvolvimento psicossocial das crianças. Tem sido este o nosso propósito ao longo de mais de duas décadas.
Lamentamos o sucedido, que apesar de todo o cuidado e orientação da nossa parte, incluindo a parte formativa à qual os jovens estão sujeitos antes do início dos seus programas de estagio, não conseguimos evitar este acontecimento. Mais acrescentamos que as jovens em questão sendo inquilinas da nossa Empresa Municipal, continuarão a ter um acompanhamento por parte da nossa equipa multidisciplinar.
Consideramos que este é um caso isolado em 20 anos de trabalho de inclusão social com a comunidade, contudo, não aceitamos nem admitimos este tipo de comportamentos nos nossos espaços sociais, estando no momento a desenvolver mecanismos que previnam situações futuras.”