Marcelo afirma que “história não terminou” e elogia reação da UE e do Governo às tarifas

O Presidente da República afirmou hoje, quanto às tarifas anunciadas por Donald Trump sobre os produtos europeus, que “esta história não terminou” e elogiou a reação “de serenidade” da União Europeia (UE) e do Governo.

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o anúncio da imposição de tarifas de 30% sobre todos os produtos da União Europeia (UE) feito hoje pelo Presidente norte-americano, durante a sua visita oficial a São Tomé e Príncipe, para as comemorações dos 50 anos da independência deste país.

“A posição de Portugal é exatamente a posição da Comissão Europeia. Não esconde que não é bom para o comércio internacional e para a economia internacional haver este tipo de anúncios nas condições em que foi feito”, começou por comentar o chefe de Estado, em resposta aos jornalistas, num hotel de São Tomé.

O Presidente da República referiu que o Governo português tem estado “em contacto com a União Europeia” sobre esta matéria, através do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que o acompanha nesta deslocação a São Tomé e Príncipe e que estava ao seu lado.

No seu entender, a UE teve uma “reação muito serena”, através da Comissão Europeia, e também o Governo português, “em sintonia com a Comissão Europeia”, adotou “uma posição de bom senso, de serenidade, a pensar no interesse de Portugal, no interesse da Europa, mas no interesse da comunidade internacional”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o anúncio feito por Donald Trump constitui “um desvio apreciável” em termos de valores em relação ao que “estava em cima da mesa” e “de alguma maneira foi surpreendente, uma vez que estava em curso um processo negocial que estava a correr bem, da União Europeia com os Estados Unidos”.

Contudo, o chefe de Estado acrescentou que “esta história não terminou”, porque o processo negocial continua, “na esperança de que seja possível encontrar uma solução do interesse de todos, Europa e Estados Unidos, e que corresponda à lógica do que estava a ser negociado”.

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